Nos últimos 12 meses, os preços das taxas de condomínio na cidade de São Paulo aumentaram 9,6%, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O aumento passou do dobro da inflação, que chegou a 4,1% no mesmo período. Gastos fixos são tidos como os "vilões". O aumento não espanta Renê Vavassori, diretor da administradora de condomínios Itambé.
"São muitos os gastos fixos de um condomínio que variam acima da inflação. Concessionárias de água, luz e gás têm reajustes maiores. A Eletropaulo anunciou aumento de 13% na energia, por exemplo", afirma Vavassori. "O dissídio desse ano também foi alto." Em outubro, os empregados de condomínios tiveram, conforme acordado em convenção coletiva, aumento de 9% nos salários. Vavassori lembra ainda que os gastos com mão de obra chegam, em média, a 60% dos valores mensais despendidos pelo condomínio. Em seguida, vem a fatia dos gastos fixos com manutenção, que chegam a 25%.
Para baratear as taxas, Vavassori recomenda a revisão periódica dos contratos que o condomínio tem, principalmente os de serviços terceirizados. "Os preços devem sempre estar de acordo com os parâmetros de mercado. Senão, o síndico deve negociar a redução".
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Para o presidente da Associação Brasileira de Condomínios, Síndicos e Condôminos (Abracond), Alfredo Mimessi, a transparência na administração do condomínio é fundamental, aliada à organização. "As despesas ordinárias, mensais, devem ser bem separadas das extraordinárias. Fica mais fácil saber onde cortar, e mais difícil que alguém aja de má fé com o dinheiro."