Os países emergentes vão responder por 70% do tráfego mundial em 2030, enquanto as economias mais desenvolvidas serão responsáveis pelos demais 30%, segundo estudo apresentado nesta quarta-feira, 16, pela Airbus. Os dados mais recentes, de 2010, apontam que os países emergentes respondem por 57%, enquanto em 1990 esse porcentual era de apenas 37%. "Esse crescimento está sendo conduzido principalmente devido à classe média", afirmou o vice-presidente da Airbus para a América Latina e Caribe, Rafael Alonso.
Ainda de acordo com o estudo, a classe média mundial irá mais que dobrar nos próximos 20 anos. Em 2010, ela somava 1,8 bilhão de pessoas e representava 27% da população total. Para 2020, a expectativa é que ela atinja 3,2 bilhões, o equivalente a 43% da população. Em 2030 já deve ser a maioria, representando 59% da população mundial e somando 4,9 bilhões de pessoas.
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O Brasil precisará de 701 novas aeronaves de passageiros com mais de 100 assentos nos próximos 20 anos. De acordo com estudo realizado pela fabricante de aeronaves, desse total 501 serão de corredor único, 174 de dois corredores e 26 de grande porte.
O valor estimado de todas essas aeronaves juntas é de aproximadamente US$ 82 bilhões. "O Brasil é hoje um dos dez maiores mercados do mundo para a venda de novas aeronaves de passageiros", afirmou o vice-presidente da companhia áerea.
Ainda segundo a Airbus, até 2030 o Brasil será o mercado de crescimento mais rápido na América Latina. A empresa também estima que o Brasil se tornará o quarto maior mercado doméstico do mundo, atrás dos Estados Unidos, da China e da Índia. Hoje, o Brasil ocupa a quinta posição, atrás do Japão.