O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 4,3% em outubro ante o mês imediatamente anterior, nos dados com ajuste sazonal, para 74,7 pontos. Esta é a primeira alta desde dezembro de 2013, quando o indicador subiu 2,1%. Mesmo assim, o indicador de média móvel trimestral ficou estável, indicando que uma efetiva reversão de tendência precisará ser confirmada pelos resultados dos próximos meses, destacou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
"O índice antecedente de emprego surpreendeu mostrando forte melhora na expectativa futura de geração de emprego. O resultado foi puxado por uma melhora na tendência de negócios no setor de serviços, por melhora na expectativa de empregos por parte do consumidor e, principalmente, pela forte recuperação na tendência de negócios na indústria. Esta última, uma possível compensação pelas fortes quedas anteriores. Ou seja, o IAEmp mostra uma luz no fim do túnel ainda não captada pelas estatísticas oficiais", avaliou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV, em nota.
Ao todo, quatro dos sete componentes do IAEmp registraram recuperação em outubro. Os quesitos que mais influenciaram foram o grau de otimismo dos empresários em relação à tendência dos negócios nos próximos seis meses, tanto na Indústria (17,7%) quanto nos Serviços (6,4%). Também contribuiu a avaliação do consumidor sobre o nível futuro de emprego (7,1%).
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O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.