O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 1,2% em agosto ante o mês imediatamente anterior, nos dados com ajuste sazonal, para 73,6 pontos, o menor nível desde maio de 2009. Trata-se da sexta queda consecutiva do índice, sinalizando continuidade da tendência de desaceleração do ritmo de contratações para o terceiro trimestre.
"As quedas acumuladas desde março no IAEmp reforçam a desaceleração observada na geração de vagas no mercado de trabalho brasileiro. O índice está em linha com a baixa geração de empregos, evidenciada pela Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PME/IBGE), e com a criação de vagas formais de emprego, como mostram os indicadores do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged/MTE). Os resultados indicam ainda que essa tendência de desaceleração deve se manter nos próximos meses", informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em nota.
Para chegar a esse resultado, os componentes do IAEmp que mais influenciaram foram o grau de otimismo dos empresários ouvidos na Sondagem de Serviços em relação à tendência dos negócios nos próximos seis meses (-5,9%) e a opinião dos empresários na Sondagem da Indústria sobre a situação atual dos negócios (-2,0%) e sobre a intenção de contratar nos próximos meses (-1,9%).
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O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.