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Empregos na indústria de alta tecnologia crescem 41%

Redação Bonde
08 fev 2008 às 16:26

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As empresas de alta tecnologia do Paraná apresentaram aumento de 41% na geração de empregos formais nos dois últimos anos, período 2005/2007, representando mais que a metade do crescimento registrado em uma década, entre os anos de 1995 e 2005, cujo incremento foi de 79%.

O ritmo de crescimento do setor triplicou nos dois últimos anos, com taxa de crescimento 18,7% ao ano, enquanto que nos dez anos anteriores esta taxa anual de crescimento foi de 6%. Este é o melhor resultado na geração de postos de trabalho no setor da indústria de transformação.

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Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (08) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), segundo análise dos números da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

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Para o presidente do Ipardes, José Moraes Neto, os produtos das empresas industriais que adotam alta tecnologia têm no conhecimento o maior componente de seus custos, se comparados com o valor intrínseco das matérias-primas que utilizam. Assim, para a produção desse conhecimento essas empresas são, em geral, mais exigentes quanto à qualificação de sua mão-de-obra e a remuneração média do seu trabalhador é superior à do trabalhador em atividades que utilizam baixa tecnologia.

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"Estes números são importantes ao mostrarem que o desenvolvimento recente da indústria paranaense vem gerando empregos de melhor qualidade em uma taxa de crescimento superior à da indústria como um todo e tornando parcela importante do parque industrial do Estado competitivo com os das economias mais modernas do mundo", analisa Moraes.


Observando-se as taxas anuais de incremento do emprego na indústria de alta tecnologia nos períodos 1995-2007 e 2005-2007, verifica-se que tiveram destaque as indústrias fabricantes de material de escritório e informática (de 25,3% a.a. para 47,8% a.a.); de equipamentos para ferrovia e material de transporte (de 4,4% a.a. para 15,3% a.a); farmacêutica (de 11,7% a.a. para 14,3% a.a.); de produtos metálicos (de 7,4% a.a. para 10,3% a.a.); de equipamentos de rádio, TV e comunicações (de 3,9% a.a. para 10,3% a.a.); e de instrumentos médicos de ótica e precisão (de 3,0% a.a. para 10,3% a.a.).

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Indústria de Transformação - Não foi só o grupo de indústrias de alta tecnologia que cresceu na geração de empregos formais no Paraná. Todos os grupos de indústria aumentaram o ritmo de crescimento do emprego. Os postos de trabalho com carteira assinada na indústria de transformação do Paraná ampliaram-se em 85% em doze anos, no período de 1995 a 2007, sendo que 25% do total de empregos nesse setor foram gerados nos últimos dois anos. Foram 255,9 mil empregos formais criados na indústria de transformação entre 1995 e 2007, totalizando mais de meio milhão de postos no setor.


A indústria de transformação paranaense, em 1995, havia gerado 300,2 mil postos de trabalho com carteira assinada; em 2005, eram 490,5 mil postos (um incremento de cerca de 190,3 mil postos em dez anos), e em 2007, 556,2 mil (um aumento de 65,7 mil em dois anos), resultando em uma expansão consideravelmente superior àquela verificada para o total da indústria de transformação brasileira, que foi de 36,9 % no mesmo período.

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O pesquisador do Ipardes, Eron Maranho, ressalta que esse expressivo crescimento, além de resultar em maior participação do Estado na geração do emprego industrial em termos nacionais – passou de 6,2%, em 1995 para 8,4%, em 2007 – representou também maior participação da indústria de transformação na geração do total de emprego do Paraná, à medida que também foi superior ao incremento do emprego criado nas atividades agrícolas (30,0%) e de serviços (40,8%), sendo inferior somente ao do comércio (109,7%), durante todo o período.


Segundo relatório do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), publicado em setembro de 2007, Paraná e Santa Catarina foram os estados que mais ampliaram participação no emprego industrial. Entre 1996 e 2005, os segmentos industriais nos quais Rio de Janeiro e São Paulo mais perderam participação foram, em geral, os mesmos nos quais Paraná e Santa Catarina mais cresceram. Esse deslocamento é bem nítido nos segmentos de vestuário; aparelhos elétricos; veículos; borracha e plástico e material eletrônico.

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A pesquisadora do Ipardes, Gracia Besen, aponta como fator de crescimento na criação de empregos industriais o fato de o Paraná antecipar-se a políticas fiscais com foco em micro, pequenas e médias empresas, já que são elas importantes geradoras de postos de trabalho. "Os investimentos em infra-estrutura também facilitaram a expansão do setor, com melhor escoamento da produção e acesso aos insumos, melhorando, assim, a competitividade", explicou Besen.


Ela ainda cita como fatores necessários à consolidação do setor industrial do Estado o aprimoramento de programas de qualificação de mão-de-obra, atendendo a exigências de maior escolaridade; os programas de melhoria de gestão empresarial; a aproximação do sistema público de ciência e tecnologia com centros de pesquisa voltados ao setor produtivo; e linhas de apoio à adequação ambiental das empresas.

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A análise da geração de empregos formais na indústria do Paraná é a primeira etapa de um estudo que o Ipardes está desenvolvendo sobre a evolução industrial do Estado e a sua importância no contexto nacional. O estudo, que será disponibilizado em março, aborda ainda a geração de renda, a qualificação da mão-de-obra e a distribuição regional.


Maiores detalhes sobre os dados divulgados neste texto estão em uma nota técnica disponível no site do Ipardes, endereço www.ipardes.gov.br.

Agência Estadual de Notícias


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