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Expectativa

Empresários do Paraná esperam aumento de 40% nas vendas durante a Copa

Redação Bonde com AEN
07 abr 2014 às 10:27

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- Divulgação
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A dois meses para o início da Copa do Mundo do Brasil, empresários do Paraná de diferentes setores se preparam para atender as demandas de clientes locais e estrangeiros durante o torneio. Fabricantes de bonés, proprietários de bares e restaurantes e até artesãos criam produtos e serviços diferenciados apostando em um aumento considerável do faturamento antes, durante e após o evento.

"Para o Governo do Paraná, o importante é o fortalecimento da economia do nosso Estado. A Copa abriu diversas oportunidades como é o caso da cidade de Apucarana com a fabricação de bonés, já licenciados pela Fifa, e de Nova Esperança, que está produzindo os cachecóis da Copa", disse o coordenador geral da Copa no Paraná, Mario Celso Cunha.

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Citada pelo coordenador, a cidade de Apucarana, no Norte do Estado, está fabricando o boné oficial da Copa. A empresa Boneleska foi escolhida pela Fifa para criar e produzir o boné. Com o formato do Fuleco, mascote oficial do torneio, o produto já está entre os artigos licenciados mais vendidos.

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"A empresa passou por uma grande negociação com a Fifa e por adequações para cumprir uma série de exigências e ajustes para ser escolhida. Investimos constantemente em capacitação, inovação e tecnologia, mas para criar o boné da copa tivemos que desenvolver novos processos. Buscamos algumas soluções fora e criamos outras dentro da empresa", afirma a diretora comercial, Siumara Costa.

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A expectativa inicial da empresa é vender 300 mil bonés em todo o país e 90 % da produção será destinada ao mercado nacional. "Porém, somos otimistas com a conquista do hexacampeonato pelo Brasil e vamos começar nos próximos dias a desenvolver bonés com esse tema", adianta. A empresa tem mais de 20 anos no mercado e trabalha há 15 na fabricação de produtos licenciados.


Siumara explica ainda que para atender a demanda a empresa contratou funcionários para a área de costura e aumentou em 20% o número de colaboradores. "O produto é muito artesanal. Usamos matéria prima e mão obra 100% nacional. A maioria dos insumos é fabricada em Apucarana mesmo".

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A cidade abriga o maior polo de bonés do país. São mais de 500 empresas na cadeia produtiva que empregam 20 mil pessoas. Mais de 60% dos bonés fabricados no Brasil são confeccionados em Apucarana.


CACHECOL - No Noroeste, a Artisans Brasil, Cooperativa dos Produtores de Seda (Copraseda) da cidade de Nova Esperança, aposta em produtos diferenciados e de alto valor agregado. Formada por 36 artesãs, a empresa produz cachecóis, lenços e echarpes de seda que serão comercializados nas 12 cidades-sede do Mundial. Uma das peças confeccionadas é chamada de "Cachecol da Copa".

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A Artisans foi um dos 99 empreendimentos selecionados pelo Sebrae para comercializar produtos nas cidades que receberão os jogos do mundial. Com o foco no público estrangeiro a cooperativa espera faturar R$ 250 mil.


"Todos os produtos da cooperativa tem Qr-code e etiqueta holográfica de numeração única que permitem a certificação on-line do produto e do ponto de venda. O display e a embalagem trazem a apresentação da cooperativa em sete idiomas - português, inglês, espanhol, alemão, italiano, francês e japonês", detalha o coordenador do projeto, João Berdu.

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Além disso, a expectativa é a consolidação de novos locais de comercialização dos produtos. "A identificação de pontos de venda em cidades turísticas do Brasil vai permitir a produção contínua pela cooperativa, gerando renda adicional constante às cooperadas", acrescenta Berdu. A empresa foi criada em 2007 para agregar renda ao cultivo de bicho-da-seda de Nova Esperança e região. As artesãs também trabalham no cultivo da lagarta.


BARES E RESTAURANTES - Os proprietários de bares, restaurantes e casas noturnas preveem um aumento de 40% nas vendas durante o período do mundial. Eventos corporativos devem responder por parcela significativa do faturamento.

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"Os empresários se prepararam, qualificaram funcionários para atender a demanda. A maior parte das datas estão fechadas com eventos para os dias de jogos", afirma Fabio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar-PR). A entidade representa mais de 12 mil estabelecimentos na Capital e na Região Metropolitana e 47 mil em todo o Estado, responsáveis por 187 mil empregos com carteira assinada.


Aguayo aposta também no faturamento de comerciantes fora dos eixos e polos gastronômicos da Capital. "Acreditamos que estabelecimentos de outros bairros vão absorver parte dos turistas que virão a Curitiba para acompanhar os jogos da Copa. Bairros como o Novo Mundo e o Água Verde tem um bom potencial para se transformarem em novos pontos de turismo gastronômico e de entretenimento."

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Em relação às contratações, o presidente da Abrabar explica que o setor vai aproveitar o ano do Mundial para recompor as perdas ocorridas, sobretudo em 2013, quando a inflação, a crise econômica, o início da lei seca e a tragédia da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, impactaram no faturamento dos bares e restaurantes, que demitiram de 10 a 20 % dos funcionários. "Estamos recompondo demissões. A previsão é de que haja aumento de 30 % no número de funcionários e a metade são efetivamente empregos novos".


INTERIOR - Em Toledo, no Oeste do Paraná, o otimismo é grande. "Estamos muito confiantes. Esperamos que as vendas aqueçam em até 40% em função dos jogos do Brasil", afirma Danilo Gass, dirigente da Associação Comercial e Industrial de Toledo (Acit).

Em Maringá, os produtos alusivos à Copa de 2014 já estão sendo chegando às prateleiras. "Nossa aposta será na empolgação dos torcedores em função da campanha do Brasil. Com o andamento da competição as vendas devem ser maiores", destaca Ali Wardani, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Maringá e Região (SIVAMAR).


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