Os 36 empresários do Fórum Nacional da Indústria que estiveram reunidos com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira(22), saíram do Palácio do Planalto com a promessa de que até a semana que vem terão uma resposta sobre a proposta de desoneração permanente da folha de pagamento.
Atualmente, 56 setores de comércio e serviços são contemplados com medidas de desoneração da folha. Os representantes de entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) esperam que, além de terem as desonerações mantidas, novos setores sejam contemplados. "A presidente se comprometeu a, no prazo máximo de uma semana, nos dar um posicionamento sobre isso. O ministro Mantega está fazendo as análises, os estudos, para que o governo possa nos dar uma posição sobre isso", disse o presidente da CNI, Robson Andrade.
O grupo apresentou também outras propostas que buscam estímulo ao crescimento da indústria, como maior prazo para o pagamento de tributos, incremento e ampliação de acordos comerciais, especialmente com países América Latina e da África, e uma revisão da Lei de Resíduos Sólidos para redução do custo final de produtos reciclados.
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Também foi apresentada à presidente a proposta de criação de um programa de modernização do parque fabril, de modo a aumentar a competitividade da indústria nacional frente aos produtos importados. Os empresários querem, inclusive, que sejam criadas linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para este fim.
O presidente da CNI ressaltou que não foram pedidas novas desonerações tributárias para a indústria, e disse que todas as medidas propostas visam ao aumento da competitividade do setor nos mercados interno e externo. Os empresários disseram que a presidenta ouviu todas as demandas e se posicionou sobre todas elas, passando clima de otimismo.
"A receptividade foi muito positiva, acho que todos os empresários saíram com uma impressão bastante positiva das discussões, da forma como foi encaminhada. Nós vamos detalhar agora uma agenda de trabalho sobre cada ponto para termos depois uma posição do governo sobre cada [um deles]", disse Robson Andrade.