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Servidores federais

Empréstimo consignado fica proibido por 90 dias

Agência Brasil
20 out 2007 às 09:54

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O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, esclareceu nesta sexta-feira (19) que 420 entidades estarão proibidas de oferecer empréstimos com desconto em folha a funcionários públicos nos próximos 90 dias. São associações de trabalhadores ou sindicatos, por exemplo, que possuem acesso ao Sistema de Administração de Pessoal (Siape) e sobre os quais não há mecanismos seguros de controle.

A suspensão dos contratos com essas entidades está prevista na portaria que o governo deverá editar na segunda-feira (22). A portaria cria um grupo de trabalho para estudar mecanismos que permitam maior controle no cadastramento das entidades no Siape, que gera os contra-cheques dos funcionários públicos.

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O objetivo é avaliar o sistema operacional de concessão de consignações, verificar possíveis falhas de segurança e proteger o servidor de fraudes. O grupo tem prazo de 60 dias para apresentar sugestões sobre a melhora do controle no acesso dessas entidades ao Siape.

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Elas estão proibidas não apenas de conceder novos empréstimos, mas também de realizar outros tipos de consignação, como pensões alimentícias.

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Outras 314 instituições que mantêm este tipo de convênio permanecem oferecendo empréstimos. São os bancos oficiais, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, e entidades fechadas ou abertas de previdência privada que operem com plano de pecúlio, saúde, seguro de vida, renda mensal, previdência complementar e empréstimo.


"A maioria do crédito consignado é feita por instituições que têm segurança nas suas operações e isso está ressalvado. Elas não serão suspensas", disse o secretário, ao explicar o motivo para a suspensão de todos os contratados. Os bancos e as seguradoras são fiscalizados, por exemplo, pelo Banco Central ou pela Susep. "No caso das associações, elas apenas têm um estatuto registrado em cartório e já realizam o convênio. É mais difícil localizar fraudes", acrescentou.

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Durante a entrevista em que explicou a portaria, o secretário afirmou diversas vezes que não há acusação de fraude sobre essas entidades. "Não temos conclusão de que há fraude", disse, e informou que as "irregularidades apontadas" no sistema não afetam os bancos oficiais nem as entidades de previdência, daí a razão de eles permanecerem operando com empréstimos.


A decisão de criar o grupo de trabalho teve como base relatório do Tribunal de Contas da União que identificou a possibilidade de fraudes. O próprio ministério realizou auditorias, que resultaram em dois recadastramentos: das 1.343 instituições anteriormente cadastradas, permaneceram 734 validadas.

Segundo informações do Ministério do Planejamento, as operações de consignação movimentam, juntas, uma média de R$ 400 milhões por mês, em mais de 3 milhões de operações.


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