O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, afirmou que "a energia elétrica no Brasil é muito cara, principalmente, se comparada com o nível de renda da população". Ele participa nesta segunda-feira, 7, de seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) Energia.
Ventura ressaltou o aumento do custo do megawatt-hora (MWh) desde que as usinas térmicas passaram a ocupar o lugar da geração hidrelétrica, por causa da seca que atingiu os reservatórios e da resistência da sociedade à instalação de hidrelétricas na região Norte do País.
"O Brasil facilita a geração térmica e dificulta a hidrelétrica." Ele criticou, por exemplo, o prazo para a liberação do licenciamento ambiental da usina de Belo Monte, em construção no Rio Xingu. "Se o licenciamento ambiental de Belo Monte tivesse saído como planejou o governo, a usina estaria produzindo desde 2013 e o preço da energia estaria mais baixo. O mesmo processo está acontecendo hoje com Tapajós", afirmou.
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Ventura também destacou que a infraestrutura do setor elétrico ainda está em construção, como a interligação das regiões, e que esses custos influenciam a tarifa de energia. "São investimentos significativos, mas importantes para garantir a segurança energética", afirmou.