A Força Sindical manifestou ontem (25) posição contrária à política econômica do governo e disse que a manutenção da taxa Selic, em 14,25%, vai prejudicar a indústria e o comércio neste final de ano.
"A taxa de juros altos alimenta a recessão no país, aumenta o desemprego, torna a recuperação da atividade econômica mais distante e difícil", afirmou, em nota, o presidente da entidade, Miguel Torres.
Segundo ele, o aumento da taxa de juros "caminha na contramão dos anseios da classe trabalhadora" e tem sido "ineficaz no combate à inflação", encarecendo o crédito para consumo e para investimentos.
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A Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) criticou também a manutenção da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para a entidade, "a decisão tomada em meio à desaceleração da economia e ao corte de empregos, significa impedir a retomada do crescimento e piorar a distribuição de renda no país".
"Este caminho só leva à recessão e aprofunda ainda mais a crise", disse, em nota, o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.
Pela terceira vez seguida, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por 6 votos a 2, o Copom manteve hoje (25) a taxa Selic em 14,25% ao ano.