A paralisação de caminhoneiros já traz reflexos em algumas regiões do Paraná. Em Foz do Iguaçu, desde sábado (21) é registrada falta de combustíveis em postos. A escassez obrigou a Infraero a estabelecer um plano de contingência para que não falte combustível aos aviões.
Em Dois Vizinhos, no sudoeste do Estado, apenas dois postos tinham estoque de combustíveis nesta segunda-feira (23), e motoristas faziam fila para abastecer, mesmo com valores bem acima do praticado no mercado. A gasolina aditivada chegou a ser vendida por R$ 5 o litro.
A situação em Londrina ainda está controlada, afirma Cláudio Mônaco, diretor regional do Sindicombustíveis, entidade que representa os empresários do setor no Paraná. "Temos a vantagem de ter o pool [centro de distribuição] de combustíveis em Londrina, que abastece a cidade e recebe gasolina e diesel pela malha ferroviária, mas dependemos das rodovias e dos caminhoneiros para o etanol e o álcool anidro, que é adicionado na mistura da gasolina comum", explica.
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Segundo Mônaco, não é possível fazer uma previsão de quanto tempo a cidade suportaria sem abastecimento. "Depende muito de como cada posto opera, quanto armazena e também o tamanho da demanda. Por enquanto está tranquilo, mas nos preocupa a duração que esta paralisação poderá ter", afirma.
Em Arapongas (região metropolitana de Londrina), o preço da gasolina subiu, em média, R$ 0,20 nesta segunda-feira (23). Em diversos postos de combustíveis da cidade foi possível ver filas de automóveis aguardando para abastecer antes que os valores tenham nova alta.