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Exportações brasileiras para a China caíram 35% no primeiro trimestre

Agência Estado
11 abr 2015 às 08:56

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A queda nos preços das commodities fez as exportações brasileiras para a China despencarem 35,4% no primeiro trimestre do ano. Entre janeiro e março, as vendas do Brasil para o gigante asiático somaram US$ 6,190 bilhões, ante US$ 9,582 bilhões exportados no mesmo período do ano passado.

A retração para a China foi a mais intensa no primeiro trimestre entre os principais destinos dos produtos brasileiros - ao todo, as exportações caíram 13,7%.

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A economia chinesa é uma grande importadora de produtos básicos e o crescimento mais fraco do país tem prejudicado o valor das commodities no mercado internacional. Neste ano, o governo da China anunciou que a meta de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) é de 7%. Se confirmado, será um resultado bastante inferior ao dos últimos anos. No auge do avanço chinês, os preços das commodities subiram, transformando o país no principal parceiro comercial do Brasil e garantindo elevados superávits para a economia brasileira.

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"O crescimento da China está mais fraco, logo a pressão sobre a demanda de commodities é menor. Além disso, o comércio mundial está crescendo menos do que crescia antes da crise internacional. Tudo isso colabora, em parte, para a queda do preço das commodities", afirma Lia Valls Pereira, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Em março, o preço da soja e do minério de ferro ficaram, respectivamente, 20% e 50% menores do que no mesmo mês de 2014.

O resultado do comércio exterior brasileiro é dependente do desempenho econômico chinês porque a pauta de produtos vendidos para a China é concentrada. No ano passado, 41% da exportação brasileira para a China foi de soja, 30% de minério de ferro e 8,5% de óleo bruto de petróleo. Em 2011, no auge dos preços das commodities no mercado internacional, a lista de produtos exportados era a mesma para a China - a diferença era a maior participação do minério de ferro, que respondeu por 45% do total. Em seguida, apareceram a soja (25%) e o óleo bruto de petróleo (11%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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