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Fatia do Tesouro nos recursos do BNDES cresce 566%

Agência Estado
01 ago 2010 às 15:10

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Presente em todos os grandes negócios fechados no País nos últimos meses, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) depende cada vez mais do Tesouro Nacional para continuar emprestando. A proporção de recursos originários dos cofres federais, que era de 6% em 2001, chegou a 40% em 2009, num total de R$ 144,3 bilhões. Foi um salto de 566%.

O porcentual deverá ser ainda maior neste ano, porque foram injetados mais R$ 80 bilhões dos cofres públicos no banco. "Essa dependência aumenta o grau de interferência do Tesouro no banco e diminui a transparência", avalia o economista Mansueto Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que analisou os dados nos balanços do banco. "Tudo isso vem sendo feito com pouco debate pela sociedade."

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Para fortalecer o BNDES, o Tesouro emitiu títulos pelos quais paga a taxa de mercado, mas esse dinheiro é emprestado pelo banco pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), bem mais baixa e atualmente em 6% ao ano. Essa diferença entre taxas de juros é bancada pelos cofres federais, num subsídio cujo valor é desconhecido e que virou o debate do momento entre especialistas.

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"Estamos aumentando a dívida pública para tentar suprir a carência de recursos do BNDES para fazer política industrial, dar crédito de longo prazo, financiar obras públicas etc.", observa Mansueto. "Mas essa política tem um custo, por isso é preciso que a sociedade discuta o que quer do BNDES." A Petrobras, por exemplo, tomou R$ 25 bilhões do banco. "Mas essa é uma empresa que consegue crédito em qualquer lugar do mundo." Segundo o economista, não haveria razão para criticar o empréstimo se o BNDES tivesse dinheiro de sobra.

Em defesa do empréstimo à estatal, o assessor da presidência do BNDES Marcelo Miterhof diz que a operação ocorreu em meio à crise, num momento em que as linhas de financiamento eram escassas. "Apesar de a Petrobras ter mais facilidade para tomar empréstimo, se tivesse recorrido ao mercado de crédito privado provavelmente haveria uma drenagem nos recursos para pequenas e médias empresas." Ele classifica o aumento de dependência do BNDES em relação ao Tesouro como ''falso problema'', pois a injeção de dinheiro, que chegou a R$ 180 bilhões, foi uma manobra decorrente da crise.


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