A Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste) retomou o transporte de farelos até o Porto de Paranaguá, após sete anos. A operação, retomada em dezembro de 2013, foi possibilitada pelo acordo comercial firmado entre a Ferroeste, a cooperativa Agrária, que é dona da carga, e a América Latina Logística (ALL), concessionária do trecho ferroviário entre Guarapuava e o terminal portuário.
O presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araújo, explica que o acordo foi firmado graças ao diálogo. "A parte comercial da Ferroeste fez um trabalho específico em 2013 para ampliar os tipos de cargas e a capacidade transportada. Isto aconteceu através de diálogo e comprometimento entre as empresas", disse ele.
VANTAGENS – As operações vão permitir redução dos custos, além de abrir novo fluxo de cargas durante a entressafra. Nesse período, o movimento de grãos (soja e milho) entra em recesso. Antes do acordo, a Ferroeste era limitada à movimentação de fertilizantes, via importação. "Agora conseguiremos completar o ciclo dos vagões na entressafra, por meio da linha da ALL, com a exportação de farelos ao porto de Paranaguá", explica o diretor de Operações da Ferroeste, Rodrigo César de Oliveira. Novos contratos já estão em andamento, o que permitirá novos investimentos que aumentarão a infraestrutura ferroviária do Paraná.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
AMPLIAÇÃO – Recentemente a Ferroeste adquiriu, pela primeira vez em sua história, duas locomotivas próprias. A operação, que teve investimento de R$ 2,2 milhões, vai permitir que a empresa amplie em 50% a capacidade de transporte em 2014.
A compra possibilita à Ferroeste levar as locomotivas de Cascavel a Ponta Grossa. Com isso, os trens não ficam mais parados em Guarapuava aguardando conexão. Isto, em conjunto com o novo modelo operacional da empresa, vai garantir uma melhoria de 28% na produção, sem a necessidade de investimento em locomotivas e vagões.