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Avaliação do BC

Fim da isenção do IPI deve amortecer consumo

Agência Brasil
25 set 2009 às 15:22

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A retirada de estímulos tributários (isenção do IPI em automóveis e eletrodomésticos, principalmente) deve funcionar como um amortecedor ao consumo, que vem sendo beneficiado pela melhora das condições de crédito e por sinais positivos do mercado de trabalho.

A avaliação consta do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta sexta (25) pelo Banco Central (BC). No relatório, o BC destaca que a expansão do crédito tem sido liderada pelos bancos públicos.

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"É possível que iniciativas por parte dos bancos privados no sentido de recuperar suas respectivas fatias de mercado levem a crescimento mais intenso do crédito, com desdobramentos positivos sobre o consumo das famílias e, em linhas gerais, sobre a atividade econômica", informa o relatório.

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De acordo com o BC, o consumo é um dos dos fatores que sustentam as perspectivas de continuidade da recuperação da economia. Outro elemento é o fato de, diferentemente de outros períodos de crise, não ter ocorrido ruptura no balanço de pagamentos (as transações comerciais e financeiras do Brasil com o exterior), nem crise financeira do setor público, alta da inflação ou desconfiança de mudança na política econômica.

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O terceiro aspecto é que "as ações de política monetária (definição da taxa Selic) – sem prejuízo do compromisso com as metas para a inflação – e os estímulos fiscais – sem por em risco a sustentabilidade da relação dívida/PIB – ainda contribuirão para o processo de retomada da atividade econômica".


Entretanto, o BC ressalta que "existem incertezas sobre o comportamento dos investimentos, pois, apesar da melhoria do clima de confiança, os níveis de utilização da capacidade instalada ainda se encontram baixos, embora em movimento ascendente".

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Além disso, "o comportamento das exportações dependerá diretamente do ritmo de recuperação da economia mundial, embora o maior dinamismo das economias emergentes esteja desempenhando um papel importante".


No relatório, o BC manteve a projeção de crescimento do PIB em 0,8% neste ano. A confirmação ocorreu depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar, no dia 11 deste mês, que o PIB cresceu 1,9 % no segundo trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2008, houve queda de 1,2%.


Segundo o relatório do BC, o PIB registrou taxa de crescimento "significativa, na margem", no segundo trimestre do ano. Esse crescimento, segundo o BC, ratificou as perspectivas de recuperação do nível de atividade sinalizadas no relatório anterior, divulgado em junho.

Para o BC, essa "trajetória reflete a flexibilização da política monetária e os incentivos fiscais direcionados a segmentos importantes na cadeia produtiva". No relatório, o BC informa que há a expectativa de que, ao menos em parte, esses estímulos fiscais sejam retirados a partir do segundo semestre de 2010.


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