O fim do benefício fiscal dado pelo governo à indústria automotivo fez com que a produção de veículos caísse 14,6% em abril ante março, de acordo com os dados divulgados pela Anfavea (associação das montadoras) ontem. Na comparação com o mesmo período de 2009, porém, houve alta de 14,2%. Os números englobam automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões.
No mês passado, foram produzidas 289.997 unidades pela indústria automotiva brasileira, ante 339.579 (dado revisado) em março - o melhor mês da história do setor, beneficiado pela corrida dos consumidores às lojas em função do fim do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) menor.
Já no primeiro quadrimestre deste ano, a produção cresceu 22,6% ante o mesmo período em 2009, atingindo 1,126 milhão de unidades.
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As exportações tiveram acréscimo de 78,3% no acumulado do ano (217.779 unidades). Em abril (471.139 unidades), as vendas para o mercado externo caíram 32% ante março e subiram 34,8% frente ao mesmo mês em 2009.
O número de empregados nas montadoras somou ao final do mês passado 128.840 trabalhadores, quantidade superior à registrada em março (127.909, dado revisado), ainda abaixo do contabilizado em outubro de 2008 (131.717), quando houve o agravamento da crise internacional.
As vendas de veículos novos bateram mais um recorde no acumulado do ano, atingindo 1,065 milhão de unidades emplacadas no primeiro quadrimestre, superando a melhor marca até então, de 2008 (909,2 mil).
Em abril, foram licenciados 277.843 automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões. O numero representa uma queda de 21,5% na comparação com março e um aumento de 18,5% sobre abril de 2009.
Desde abril, os carros a álcool ou flex de mil cilindradas tiveram a alíquota do IPI elevada de 3% para 5%. Já nos de até 2.000 cilindradas, o percentual passou de 7,5% para 11%. Para caminhões, a isenção do tributo permanece até junho, quando a alíquota retorna a 5%.