O financiamento de veículos no Brasil totalizou 497.447 unidades em janeiro, queda de 20,4% em relação a dezembro e de 10,8% ante o mesmo mês do ano passado. Os números são da Unidade de Financiamentos da Cetip e levam em consideração automóveis de passeio, comerciais leves, motocicletas e pesados.
No mês passado, foram financiados mais autoveículos usados (273.837 unidades) do que novos (223.610). Com esse resultado, os financiamentos apenas de veículos zero quilômetro caíram 28,8% na comparação com dezembro e 17,6% na variação anual, quedas maiores que da de usados (11,8% e 4,3%, respectivamente).
Pior desempenho
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O segmento de pesados, que inclui caminhões e ônibus, foi o que apresentou pior desempenho. Entre novos e usados, os financiamentos caíram 34,9% em janeiro ante dezembro e 25,2% na comparação anual. Ao todo, foram financiados 15.927 pesados no primeiro mês deste ano.
Em seguida, aparecem os autos leves, cujos financiamentos totalizaram 400.032, quedas de 22,3% na variação mensal e de 8,9% na anual. O segmento de motos apresentou o menor recuo. Em janeiro, foram financiadas 80.375 unidades, entre novas e usadas, declínio de 3,3% em relação a dezembro e de 16,1% ante o mesmo mês do ano passado.
Modalidades
Dentre as modalidades de financiamentos, o leasing apresentou a maior queda em janeiro. No mês passado, foram financiadas 6,8 mil unidades por meio desse tipo de contrato, 28,4% a menos do que em dezembro, mas 1,5% a mais do que em janeiro de 2014. Em seguida, aparece o CDC, com quedas de 22,4% e 11,5% nas variações mensal e anual, respectivamente.
O consórcio, por sua vez, apresentou a menor retração em janeiro. No mês passado, foram financiadas 66,6 mil unidades por meio de cotas de consórcio contempladas, mas não quitadas, recuos de 3,1% ante dezembro e de 4,9% na comparação anual. Mesmo assim, a modalidade continua como a segunda mais utilizada, atrás apenas do CDC.
O declínio nos financiamentos foi um dos fatores que contribuíram para o recuo no emplacamento total de autoveículos em janeiro, que caiu 31,4% ante dezembro e 18,8% na comparação anual. Para especialistas, isso é resultado de crédito mais caro e mais restrito, motivado por juros mais altos e elevado endividamento das famílias.