A Justiça determinou que a Ford devolva ao Rio Grande do Sul R$ 162 milhões, acrescidos de atualização monetária, por ter desistido de instalar uma montadora em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, em 1999.
A decisão, tomada pela juíza de Direito Lílian Cristiane Siman, da 5ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central de Porto Alegre, foi tornado pública ontem (28). O caso não está encerrado porque as duas partes podem recorrer às instâncias superiores.
Pelo contrato assinado em 1998 com o governo de Antônio Britto (PMDB), a Ford receberia financiamento de R$ 210 milhões, liberado em parcelas, mediante prestação de contas, além de outros incentivos, para instalar a montadora. Em 1999, após ter recebido a primeira parcela e já no governo de Olívio Dutra (PT), a empresa se retirou do negócio e foi para a Bahia alegando motivos de ordem política e reclamando de atraso no repasse da segunda parcela. O governo gaúcho foi à Justiça pedir a devolução do que já havia entregue à empresa.
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O procurador-geral adjunto do Estado, Bruno de Castro Winkler diz que a decisão é um passo importante porque reconhece parcialmente a tese do Estado de que os recursos repassados não foram utilizados para os fins aos quais estavam destinados. A Ford não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.