O Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu, Fundo Iguaçu, entregou nesta semana ao presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale, o Plano Diretor do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Vale assumiu publicamente o compromisso de desenvolver o que está previsto no documento.
O novo plano prevê três horizontes de ampliação para o aeroporto (2019, 2029 e 2039). Segundo o presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, os estudos feitos para o Plano Diretor mostram que, em 2019, já com uma nova pista para pousos e decolagens, paralela à atual, o aeroporto poderá receber entre 4 e 6 milhões de passageiros por ano. Daqui a cinco anos, o aeroporto já estará "atendendo sua vocação internacional, tornando-se um hub do Mercosul e dos países andinos, com voos diretos para a Europa, Estados Unidos e Caribe", disse Piolla.
Na segunda fase do plano, entre 2020 e 2029, o aeroporto receberá entre 7 e 10 milhões de passageiros; e na terceira fase, para além de 2039, chamada de "esgotamento do sítio aeroportuário", receberá 19 milhões de passageiros e já necessitará de um alargamento da pista, de 45 para 60 metros. O Plano Diretor inclui anteprojetos para cada uma dessas fases.
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Piolla lembrou que, em 2007, o terminal recebia apenas oito voos regulares, número que saltou para 25 em 2013. O aeroporto teve, em 2007, 721.385 embarques e desembarques, passando para 1.741.526 no ano passado, um crescimento de 141%, inferior apenas ao do aeroporto de Campinas, escolhido pela empresa aérea Azul para ser "hub" regional.
O documento foi entregue durante a inauguração da nova sala de embarque e do novo estacionamento do aeroporto. A Infraero e o Fundo Iguaçu assinaram ainda um novo Acordo de Cooperação Técnica para a elaboração dos projetos, num prazo de 18 meses, para uma nova pista de pouso e decolagem, com 3 mil metros de extensão e 45 metros de largura.
"Ficou acima das nossas expectativas. O Fundo Iguaçu mostrou uma coisa a que não estamos acostumados a fazer, que é o planejamento de longo prazo", disse o presidente da Infraero, Gustavo do Vale.
O acordo prevê que o Fundo Iguaçu desenvolverá os estudos técnicos, levantamentos topográficos, sondagens, projetos básicos e executivos para a construção do novo sistema de pistas do aeroporto. À Infraero caberá resolver as questões ambientais, o que terá um custo estimado em R$ 1 milhão.
Para Gustavo do Vale, a parceria entre a União, o governo do Estado, a Prefeitura e o Fundo Iguaçu mostra que este é o caminho "para que as coisas deem certo". Ele disse que o Fundo Iguaçu, por ser da cidade, "tem mais condições que a Infraero de fazer um plano que atenda às necessidades regionais".
O prefeito Reni Pereira assinou o decreto considerando de utilidade pública a área necessária para a futura ampliação do aeroporto, entregando o documento ao presidente da Infraero. O governo do Estado se comprometeu a apoiar com recursos as desapropriações e contribuir para a viabilização da obra.
Sala de embarque e estacionamento
No mesmo evento, foi inaugurada a nova sala de embarque, que amplia a capacidade de 840 para 1.022 metros quadrados, aumentando também de 26 para 36 posições de check in. A sala conta com sistema informativo de voos, de sonorização e contra incêndio. Já o novo estacionamento aumentou de 240 para 448 vagas, o que equivale a uma ampliação de 86%.
Até setembro, estarão finalizadas as obras, que compreendem ainda a cobertura de toda a extensão do terminal de passageiros, com recuperação do pavimento, estrutura metálica, telhas e readequação das calçadas e rampas; reforma do desembarque doméstico, com troca do piso, forro, instalações elétricas e ar condicionado.
E ainda: reforma no desembarque internacional; no saguão e no piso superior do setor administrativo, com readequação do layout.O investimento total é de R$ 68 milhões.