A produção paranaense de frango de corte vem batendo recordes nestes primeiros meses do ano. Além do consumo interno em alta, o crescimento na exportação resultou em perspectivas otimistas para o setor. ''Vamos crescer este ano no mínimo 5%, mas como sou otimista, penso em 10%'', diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.
No primeiro trimestre, foram abatidas 326,455 milhões de cabeças no estado, contra 289.171 milhões no mesmo período do ano passado. O número é superior até mesmo ao desempenho de 2008, considerado ''o grande ano para a avicultura'', segundo o Sindiavipar. Naquele ano foram abatidas 301.392 milhões de cabeças. Nos três meses de 2010, pela primeira vez o setor conseguiu manter o abate mensal acima de 100 milhões de cabeças, chegando ao recorde de 119.289 milhões em março.
A exportação também está em alta. Em março, 83 mil toneladas de frango dos abatedouros paranaenses foram enviados a países como Arábia Saudita, Kuwait e Japão, resultando em faturamento de US$ 132 milhões. No acumulado do primeiro trimestre, o Paraná chegou a 214.325 mil toneladas de frango de corte exportado. Com isso, o Estado foi responsável por 25% das vendas externas de frango de todo País, permanecendo como o maior exportador do produto. No total, o Brasil enviou 849.663 mil toneladas de frango para o mercado externo, com faturamento de US$ 1,456 bilhão.
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''Nossa meta é manter a produção acima de 80 mil toneladas por mês. A exportação está em cerca de um terço desta produção, o que é um volume confortável para o setor. O que nós queremos é melhorar os preços lá fora, principalmente de alguns itens do mix que estão desvalorizados'', diz Martins. Ele explica que o preço do pacote de produtos no exterior, hoje, está muito próximo do valor pago no mercado interno, o que desestimula a exportação. Em 2009, o preço médio no exterior ficou em R$ 2,76 o quilo, menos do que os R$ 3,00 obtidos no mercado interno.
O aumento na produção e na exportação, para ele, deve-se também ao preparo dos abatedouros paranaenses. Hoje há 26 frigoríficos habilitados pelo Ministério da Agricultura para exportação de frango, o que representa mais de 78% das empresas. As indústrias que ainda não têm essa liberação do Ministério, segundo ele, estão investindo em seus negócios para, em breve, também obter a habilitação.