Os frentistas de Curitiba, região metropolitana e litoral podem entrar em greve no próximo dia 21 de junho. Eles pedem aumento salarial, mas as negociações com o sindicato patronal, que representa os donos de postos de combustíveis, seguem sem avanços. A greve pode também atingir outras regiões do Paraná.
Na segunda-feira (10), um grupo de frentistas, liderados pelo Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral, fez uma manifestação no centro de Curitiba para pedir aumento salarial.
Eles reivindicam, segundo o presidente do sindicato, Lairson Sena, 18% de aumento, além de reajuste em vale-alimentação. "Nós já reduzimos essa porcentagem. Antes pedíamos 25%, mas depois de negociações recuamos. Porém, não nos foi apresentada proposta melhor pelo (sindicato) patronal".
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Uma nova rodada de negociação está marcada para a tarde desta terça-feira (11) entre os proprietários de postos de combustíveis. "Caso não haja negociação, no dia 21 faremos assembleia e, se a proposta não for aceita, entraremos em greve". Segundo Sena, os postos devem parar de funcionar durante a greve. "Não é isso que queremos, mas como não há negociação, teremos que parar".
O estado de greve da categoria se espalha também por outras regiões do Paraná, segundo o presidente do sindicato de Curitiba. Os frentistas se dividem em quatro sindicatos: Curitiba, Londrina, Ponta Grossa e Cascavel.
O sindicato patronal oferece 7,16% de reposição inflacionária, além de 1,5% de reajuste acima da inflação. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustiveis), Roberto Fregonesi, argumenta que, além do salário, os funcionários também recebem 30% de adicional de periculosidade e comissão por todos os produtos vendidos nos postos, exceto combustíveis. O salário, desta forma, ficaria em torno de R$ 1,5 mil.