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Improbidade administrativa

Funcionário da Sercomtel que tentou forjar perícia para conseguir benefício é demitido

Guilherme Batista - Redação Bonde
29 set 2015 às 10:14

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- Arquivo/Grupo Folha
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A Sercomtel demitiu um funcionário após comprovar que ele tentou fraudar uma perícia, dentro da empresa, para conseguir benefícios junto à Justiça do Trabalho. A demissão por improbidade administrativa, oficializada pela estatal no último dia 15, foi confirmada ao Bonde nesta segunda-feira (29) pelo presidente da companhia, Christian Schneider. "Ele tinha um processo trabalhista contra a Sercomtel na Justiça do Trabalho, e, nesse processo, foi estipulado pelo juiz que um perito fosse até a empresa avaliar o trabalho realizado pelo funcionário. No dia da perícia, o servidor requisitou indevidamente equipamentos e tentou mostrar, ao perito, que fazia atividades em que o adicional de periculosidade é obrigatório. A nossa equipe constatou a tentativa de fraude e abriu um processo para investigá-lo", detalhou.

Schneider contou que o servidor trabalhava na área de Planejamento de Engenharia da companhia.

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Conforme ele, a Sercomtel passou a investigar o caso no início deste ano, logo após flagrar o funcionário tentando forjar a perícia. "A empresa abriu um processo administrativo disciplinar, ouviu testemunhas, recebeu a defesa do servidor, que negou as acusações, e decidiu pelo desligamento dele", explicou Schneider, acrescentando que a conduta do agora ex-funcionário feriu o Estatuto Disciplinar dos Empregados Públicos da Sercomtel. "Ele agiu de má-fé para tentar obter os benefícios", completou.

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O presidente da Sercomtel lembrou, ainda, que a atitude do funcionário poderia ter causado prejuízos financeiros à estatal. "No entanto, o prejuízo não ocorreu de forma efetiva por que conseguimos comprovar a fraude antes", destacou.

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A Sercomtel encaminhou o caso para o Ministério Público (MP) investigar se o ex-funcionário cometeu algum crime.


Histórico

Em três anos, a Sercomtel demitiu apenas dois funcionários suspeitos de atentar contra o Estatuto Disciplinar dos Empregados Públicos da estatal. O outro caso foi registrado em setembro de 2013, quando o então servidor da empresa, Izaltino Toppa, foi preso pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) suspeito de tentar envenenar outro servidor da companhia com chumbinho em cápsulas de remédio. "Se a gente levar em conta que a União demite cerca de 5 mil servidores por ano em decorrência de processos administrativos disciplinares, o número registrado pela Sercomtel é bem pequeno", concluiu Schneider.


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