Os trabalhadores da Eletrobras de Ivaiporã aderiram nesta quarta-feira (24) à paralisação iniciada na segunda (22) em todo o país. Cerca de 90% dos 28 mil funcionários do sistema cruzaram os braços por tempo indeterminado.
Entraram em greve nesta quarta funcionários da Subestação de Furnas Centrais Elétricas. Eles reivindicam aumento real nos salários e melhores condições de trabalho.
A paralisação tem por objetivo retomar as negociações entre a administração da estatal e as entidades sindicais, interrompidas desde reunião promovida no dia 4 de julho. O impasse nas negociações do acordo coletivo está em torno do reajuste salarial. Enquanto a Eletrobras oferece o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que seria em torno de 6,5%, os trabalhadores querem 6,88% de aumento, calculado pelo Dieese, mais 4,3% relativos ao crescimento do consumo de energia residencial no ano passado.
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A Eletrobras é responsável por 35,5% do total da capacidade de geração elétrica do Brasil. São 37 usinas hidrelétricas, 120 termelétricas, três eólicas e duas termonucleares. Mais da metade das linhas de transmissão do Brasil e seis empresas distribuidoras são operadas pela Eletrobras.
Sobre o fornecimento de energia durante paralisação, a assessoria de comunicação da Eletrobras informou, na terça-feira, dia 16 de julho, que os serviços essenciais à população brasileira, previstos na Lei 7.783 de 28 de junho de 1989, estão sendo mantidos normalmente.
"A Eletrobras reafirma o respeito ao direito de greve, mas descarta qualquer possibilidade de interrupção do fornecimento de energia aos brasileiros, contando para isso com o apoio, empenho e alto grau de responsabilidade dos empregados", destaca a estatal na nota.
Empresa e trabalhadores voltam a discutir a situação na segunda-feira (29). (com informações do Paraná Centro)