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Ampliação de poder

G20 deve substituir G8 à frente da economia mundial

BBC Brasil
25 set 2009 às 09:56

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Lula e Obama participam da cúpula do G20 em Pittsburgh - Ricardo Stuckert/ABr
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O Brasil e outras nações emergentes devem colher uma vitória nesta sexta-feira (25), no encerramento da cúpula do G20, com a ampliação dos poderes do bloco que reúne os países mais ricos do mundo e as principais economias em expansão.

A expansão dos poderes do G20 e o seu status como substituto do G8 (o grupo formado pelas sete maiores economias mundiais mais a Rússia) era uma das bandeiras do Brasil, bem como o das outras nações emergentes, como a China e a Índia.

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Pelo acordo, a agremiação de 20 países terá mecanismos para agir como coordenador global de políticas econômicas e permitir que os países-membros fiscalizem os compromissos firmados por cada um.

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A iniciativa foi defendida também pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que vinha reivindicando o que chamou de "um reequilíbrio mundial".

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Nesta sexta, deverá ser anunciado ainda que G20 se tornará um conselho permanente de cooperação econômica internacional, papel que era tradicionalmente desempenhado pelo G8.


O G8 vai continuar mantendo encontros regulares relativos a temas de segurança internacional que sejam de interesse dos países que constituem o bloco.

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Ainda na quinta-feira, o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, havia dito que os emergentes já haviam feito avanços a começar, até mesmo, pelo nome da conferência que está sendo realizada em Pittsburgh.


Esta edição do encontro menciona o G20 em seu título, frisou o assessor do Planalto, enquanto que a cúpula anterior do bloco, realizada em Londres, em abril, não fazia menções ao grupo de 20 países.

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Garcia havia dito que já ficara claro que ''o G8 não é mais aquela instância que organiza os debates sobre questões financeiras internacionais, houve uma certa transferência para o G20''.


Réves

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Mas a despeito da vitória na ampliação dos poderes do bloco, as nações emergentes poderão sofrer um revés no acordo final da reunião.


Os países europeus vêm demonstrando resistência à intenção dos países em desenvolvimento de ter sua representatividade ampliada em organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 5% ou mais.

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A proposta conta também com o apoio dos Estados Unidos, mas teria a oposição da França e da Alemanha, que temem perder o seu poder dentro do FMI.


O esboço inicial do documento final do G20 afirma que há um consenso em elevar as cotas dos emergentes em pelo menos 5%, graças a uma transferência de ''países super-representados para mercados emergentes, dinâmicos e sub-representados, e nações em desenvolvimento na próxima revisão de cotas (do FMI), que será concluída em 2011".

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Marco Aurélio Garcia afirmou que "alguns europeus estão introduzindo um outro critério, que tira dos grandes e passa para os pequenos, dos super-representados para os sub-representados, mas não introduz a questão concreta, que é a questão da representação dos emergentes".


O assessor da Presidência disse que há diferença entre as duas posturas.


''A diferença é que você pode tirar, por exemplo, da França, e passar até para um país europeu que esteja sub-representado'', explicou.

Algumas nações, como a Espanha, por exemplo, gostariam que o documento não falasse em ''mercados emergentes dinâmicos e sub-representados'', mas somente em ''mercados dinâmicos e sub-representados'', a fim de que pudesse se valer do mesmo aumento de cotas pleiteado pelos países em desenvolvimento.


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