O grupo de ministros das finanças de países-membros do G20 anunciou hoje (5) que vai continuar oferecendo apoio financeiro à economia global, apesar dos sinais de recuperação. Além disso, concorda em dar aos países emergentes mais espaço no cenário internacional.
Alguns países, incluindo França e Alemanha, queriam que o G20 começasse a discutir "estratégias de retirada", ou seja, maneiras de reduzir os gastos com estímulo fiscal. Esses países já estão saindo da recessão e argumentam que os gastos estão levando o Estado a níveis perigosos de endividamento.
Na abertura da reunião, entretanto, o premiê britânico, Gordon Brown, alertou que retirar o apoio dos governos cedo demais pode comprometer a recuperação econômica. Ele se referiu a estratégia como um "grave erro".
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O comunicado preliminar indica que essas preocupações foram levadas em conta, já que os ministros concordaram que é melhor continuar gastando até que a recuperação global esteja consolidada.
A primeira versão do documento deve agora ser transformada em orientações formais pela Comissão de Estabilidade Financeira, órgão que reúne representantes dos Bancos Centrais e reguladores de várias partes do mundo. As orientações vão ser discutidas e votadas em Pittsburgh, durante a cúpula do G20, mas cada país terá de decidir individualmente se vai transformá-las em lei.