O saldo líquido de empregos formais gerados em maio foi de 72.028 vagas, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). É o menor resultado para o mês desde 2003. O resultado ficou abaixo das estimativas dos analistas.
A geração de empregos em abril foi 48,43% menor do que em maio do ano passado, pela série sem ajuste. Na série com ajuste, houve queda de 63,20% em relação a maio de 2012. No acumulado do ano, houve criação líquida de empregos formais de 533.737 vagas, sem ajuste, e de 669.279, com ajuste.
O resultado, destaca o MTE, mantém a trajetória de expansão, mas revela uma perda de dinamismo quando comparado com os resultados do mesmo mês dos anos anteriores.
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Segundo o governo, o comportamento pode ser justificado, em parte, em função de um possível deslocamento da demanda por trabalhadores para os próximos meses, em razão do cenário internacional, associado a redução da expectativa dos agentes econômicos.
De acordo com o Caged, as demissões em maio, de 1.755.094, também foram as maiores para o período. Enquanto que as admissões em maio, de 1.827.122, representam o segundo melhor resultado para o mês.
Construção recua. A construção civil foi o único dos oito setores pesquisados que registrou queda na geração de empregos no mês de maio. Segundo os dados do Caged, houve demissão líquida de 1.877 trabalhadores. O governo atribui o resultado "em parte, ao encerramento das obras ligadas à Copa" e destaca concentração no estado de Pernambuco, onde houve foram fechados 4.395 postos.
No comércio, houve estabilidade, com a criação de 36 postos de trabalho. Na agricultura, foram criados 33.825 empregos. No setor de serviços, surgiram 21.154 empregos. Os postos de trabalho na indústria de transformação aumentaram 15.754 no mês.
Os empregos na administração pública também cresceram: 2.850 postos a mais. Para a área extrativa mineral, foram criados 192 vagas. No setor de Serviços Indústrias de Utilidades Públicas, houve criação de 94 postos no mês de maio.