O vice-presidente da montadora Americana General Motors (GM), John Smith, confirmou que planeja cortar dez mil postos de trabalho nas subsidiárias europeias Opel e Vauxhall.
O anúncio, feito na quarta-feira, acontece um dia depois de a GM ter declarado que cancelou a venda das duas subsidiárias para a fabricante de autopeças canadense Magna.
O governo da Alemanha – sede da subsidiária – que havia apoiado a venda da Opel ordenou que a GM devolva o empréstimo de 1,5 bilhões de euros que havia feito para garantir a venda.
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O governo alemão apoiava a venda para a Magna, que havia prometido manter funcionando todas as fábricas no país.
A Opel emprega 54,5 mil pessoas em toda a Europa - 25 mil delas apenas na Alemanha.
Líderes sindicalistas alemães receiam que, com o anúncio, duas das quatro fábricas da Opel no país fechem suas portas. Por essa razão, os trabalhadores começarão uma série de protestos contra a decisão da GM já nesta quinta-feira.
Smith não indicou que país seria mais afetado pelos cortes, mas disse que a GM pretende apresentar os detalhes "em breve".
Grã-Bretanha
Apesar do descontentamento provocado pela decisão da montadora na Alemanha, na Grã-Bretanha, onde a GM opera com o nome de Vauxhall, o anúncio foi recebido com otimismo.
Tony Woodley, secretário-geral da Unite, o principal sindicato na Vauxhall, disse que se tratava de "uma decisão fantástica", apesar de reconhecer que a perda de empregos britânicos será "inevitável".
Desde que a GM pediu concordata nos Estados Unidos, em junho, a Opel vinha sendo controlada por um grupo que inclui representantes da própria GM, do governo federal alemão e dos Estados alemães onde há fábricas da subsidiária.
Por sua vez, a Vauxhall tem 5,5 mil funcionários na Grã-Bretanha.
A matriz americana hoje tem 61% de suas ações pertencentes ao governo dos Estados Unidos.