A General Motors anunciou, em uma nota curta à imprensa, o desligamento de 598 trabalhadores da sua unidade em São José dos Campos. A nota vincula as demissões ao acordo firmado em 26 de janeiro último, "na presença de autoridades municipais, estaduais e federais". Estes trabalhadores estavam afastados desde agosto do ano passado, quando a empresa anunciou o fim da produção dos modelos Meriva, Zafira, Corsa e Classic, na fábrica local.
Para boa parte dos trabalhadores, no entanto, as demissões já eram esperadas. A maior evidência do sentimento de angústia e desânimo dos afastados ocorreu na segunda-feira, quando o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos tentou mobilizar uma manifestação contra as demissões. Pouco mais de 80 trabalhadores compareceram e o protesto não foi realizado.
As últimas tentativas de reverter a situação ocorreram na última sexta-feira, 22, quando os sindicalistas se reuniram com a direção da fábrica, mas não obtiveram êxito nas negociações. A prefeitura municipal, que também havia sido procurada pelos sindicalistas, tentou convencer a GM, mas em nota à imprensa, esclareceu que a empresa iria cumprir a decisão firmada no acordo, em janeiro, que previa o fim a prorrogação do lay-off até hoje, 26.
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Até às 15h, a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos local ainda não tinha se manifestado sobre as demissões.
Íntegra da nota divulgada pela General Motors:
"Conforme o acordo assinado no último dia 26 de janeiro de 2013, com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), na presença de autoridades municipais, estadual e federal, a GM procedeu o desligamento de 598 empregados da fábrica de automóveis - uma das oito existentes no Complexo Industrial da empresa em São José dos Campos -, que estavam em layoff desde agosto de 2012".