A Gol pode vir a participar da privatização dos aeroportos brasileiros caso a infraestrutura comece a ser um empecilho para o seu crescimento. A afirmação foi feita hoje pela vice-presidente de Mercado e Novos Negócios da Gol, Claudia Pagnano. "Hoje eu diria que não entraríamos na gestão aeroportuária, mas se amanhã a infraestrutura for um limitador para o nosso crescimento, vamos considerar", disse. "A essência do nosso negócio é a aviação comercial, não a gestão de aeroportos. Mas, se para a sustentação dos nossos negócios viermos a julgar que teremos que de alguma forma nos envolver com a administração aeroportuária, iremos considerar. Essa é uma posição minha e do Constantino Junior (presidente da Gol)."
Segundo a executiva, o tema só deve ser discutido mais amplamente pela cúpula da empresa quando o governo concluir o modelo de concessão para o setor. "A partir do momento em que esse formato for definido, esse será um assunto que entrará para a pauta estratégica do comitê executivo", afirmou.
Questionada se a Gol poderia comprar uma parte da companhia aérea regional Passaredo, com a qual a Gol já mantém um parceria comercial desde o final do ano passado, a exemplo da negociação que hoje a TAM mantém com a Trip, Claudia Pagnano disse que "poderia", mas que "hoje não". "Nós não discutimos o formato financeiro da parceria. O que hoje nós temos é uma parceria comercial", disse. A TAM anunciou no final de março que está negociando a aquisição de 31% do capital social da Trip, sendo 25% do seu capital social votante e o restante em ações preferenciais, e que a operação deveria ser concluída em 90 dias, ou seja, até o final deste mês.
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LAN
Sobre as recentes declarações dos sócios da chilena LAN, que chegaram a dizer que, caso a fusão com a TAM não for aprovada a empresa deve procurar outros parceiros, como por exemplo, a Gol, Claudia Pagnano disse que a Gol não tem nenhuma negociação em andamento. "Em relação a esse assunto nós não nos manifestamos e a nossa não manifestação é estratégica. Nós não temos nenhuma negociação em andamento. A negociação é da LAN com a TAM. Se ela não vingar, essa é uma questão da LAN e da TAM", disse.
Hoje a Gol apresentou à imprensa e a agentes de viagens o avião Boeing 737-800 Next Generation, de 183 lugares, configurado com um padrão chamado Sky Interior, que tem janelas maiores, assim como mais espaço no bagageiro e uma iluminação especial em LED. Até o final do ano, a Gol deve receber outras cinco aeronaves como esta e, até 2015, por meio do processo de renovação da sua frota, a empresa deve contar com 100 unidades com esse formato.