O governador Orlando Pessuti anunciou nesta segunda-feira (26), para cerca de 400 empresários participantes da X Conferência Anual da Anpei – Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras, no Cietep, em Curitiba, que o governo está elaborando um anteprojeto de lei complementar de inovação, em que destina parte dos recursos do orçamento do Estado para o incentivo à inovação, à pesquisa cientifica e tecnológica em ambiente produtivo no Paraná.
"A ideia inicial é de implementar o Fundo Paraná de Inovação Tecnológica. Mas tudo isto ainda está em fase estudo e elaboração, para depois ser encaminhado para a Assembleia Legislativa, onde vão acontecer os debates deste projeto que tem como principal objetivo fazer o Paraná mais competitivo internacionalmente", afirmou.
Pessuti lembrou que não é de hoje que vem lutando e acompanhando de perto todos os procedimentos que fizeram o Paraná crescer e tornar-se produtivo em muitos setores. "O Paraná não ficou apenas como grande produtor, mas um Estado competitivo, graças à construção de políticas públicas eficientes e inovadoras. Embora ocupe lugar de destaque é preciso avançar".
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Segundo ele, a importância que o Governo do Estado dá à inovação tecnológica pode ser medida pelos recursos injetados na Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. "Em 2003, esta secretaria recebeu cerca de R$ 500 milhões. A previsão para este ano é de R$ 2 bilhões. Um avanço significativo. Agora, estamos criando este anteprojeto, que vai incentivar o desenvolvimento sustentável do Estado pela inovação, estimulando projetos e programas especiais articulados com o setor público e privado".
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, destacou a importância do encontro, que tem como objetivo principal a discussão em torno do futuro, enquanto que em vários outros lugares do mundo o que se discute ainda é a grande crise financeira mundial, que ainda não foi totalmente debelada. "O Brasil teve um ano e três meses para se preparar para enfrentar a crise. Adotamos medidas, como a redução de impostos e juros, aumentamos os investimentos e restabelecemos o crédito. Portanto, o Brasil se preparou para enfrentar a crise e, agora, tem um ambiente totalmente favorável para o desenvolvimento das empresas e do país".
De acordo com o ministro, o atual governo reduziu a dívida interna e externa e conta atualmente com US$ 240 bilhões de reservas, fazendo com que todas as agências internacionais coloquem o Brasil como a quinta economia do mundo em poucos anos. "Temos grandes desafios pela frente, como a Copa do Mundo de 2014. Um grande desafio é organizar a exploração do Pré Sal. Mas estamos avançando. Aumentamos de R$ 1,3 bilhão para R$ 7,9 bilhões os recursos para o Ministério de Ciências e Tecnologia. Criamos mais de 200 escolas técnicas, para a formação de mão de obra que vão ajudar na inovação tecnologia de nossas empresas".
IDENTIFICAÇÃO DOS GARGALOS
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo Rocha Loures, disse que a política de desenvolvimento tecnológico e industrial do Paraná consiste "na identificação dos gargalos relacionados a infraestrutura, nas questões relacionadas ao transporte, energia, comunicação, saneamento, meio ambiente, armazenamento. Enfim, aquela infraestrutura que é essencial para melhor aproveitar a potencialidade da força econômica do Estado, e também as questões relacionadas ao bem estar".
Para ele, a política de inovação passa também pela visão estratégica de desenvolvimento, da inserção do Estado na economia internacional e "tudo aquilo relacionado ao desenvolvimento tecnológico, educacional, linhas de crédito, regulamentações. Enfim, todas as variáveis que afetam o ambiente de investimento e inovação".