O governo liberou R$ 6,8 bilhões do Orçamento para este ano. A informação está no relatório de avaliação de receitas e despesas públicas referentes ao terceiro trimestre, divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Ministério do Planejamento. O relatório também traz uma nova estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 4,7%, contra os 4,5% projetados anteriormente.
De acordo com o relatório, os recursos serão liberados porque houve também uma reestimativa de arrecadação de impostos, o que garante que o gasto poderá ser ampliado sem ameaçar o cumprimento da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida). Pela nova projeção, a receita será R$ 5,9 bilhões superior ao projetado no relatório bimestral anterior.
Pagamento de dívidas por depósitos judiciais com valores elevados; ganho de capital na alienação de bens, como venda de imóveis, e a lucratividade das empresas no ano de 2006, que elevou o recolhimento na declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), são algumas das razões dadas pelo relatório para explicar a liberação das verbas.
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Segundo o documento, as despesas também cresceram, em R$ 7,2 bilhões. Desse total, R$ 6 bilhões correspondem à abertura de crédito extraordinário destinado ao Programa de Aceleração do Crescimento ( PAC).
Em fevereiro, quando divulgou o primeiro relatório, o governo bloqueou R$ 16,4 bilhões do orçamento aprovado no mês anterior pelo Congresso.
A Lei de Responsabilidade Fiscal obriga o governo a apresentar o relatório de avaliação fiscal a cada dois meses. O objetivo é acompanhar e controlar o cumprimento da meta de superávit fiscal estabelecida para o ano.