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Até 18%

Governo estuda reduzir mistura do etanol na gasolina

Agência Estado
12 jul 2011 às 18:51

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A redução da mistura do anidro na gasolina de 25% para 18%, que está sendo discutida pelo governo, terá um impacto pequeno na queda do consumo, de apenas 140 milhões de litros por mês, cerca de 10% do etanol vendido no período, avalia a Archer Consulting. "Na ponta do lápis não é negócio e, além disso, uma redução da mistura pode levar os usineiros a destinar mais cana para o açúcar", afirma Arnaldo Correa, gestor de riscos da empresa.

Se o impacto no consumo tende a ser pequeno, a medida também deve ter um efeito quase insignificante na inflação, segundo Ana Malvestio, sócia do centro de serviços de agribusiness da PriceWaterhouseCoopers. "O maior impacto na inflação vem do preço da gasolina, que tem maior peso na inflação, e não do etanol", disse sobre a possível redução da mistura.

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A executiva afirma que a menor produção de etanol é um fato consumado e o que precisa ser discutido agora são os caminhos a serem trilhados pelo governo. "Está claro que a menor oferta de etanol vem de quebras consecutivas de safra de cana e não da maior produção de açúcar como tem sido cogitado", disse ela. Além da redução, Ana também aponta a importação de etanol dos Estados Unidos como uma alternativa possível para abastecer o mercado.

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Correa, da Archer, ressalta que, diante da produção menor de cana, a conta de oferta e demanda de etanol e de açúcar não vai fechar. "Os preços do açúcar e do etanol continuarão elevados até que a questão da oferta se resolva, o que deve demorar porque novos investimentos não estão sendo realizados", disse ele.


Para o executivo, existem várias indefinições no setor que estão travando a entrada de novos investimentos, como o papel do governo e da ANP no etanol e como ficará a questão da posse de terras por empresas estrangeiras. "Ninguém vai querer investir no setor sem ter certeza do retorno", explica.

Amaryllis Romano, analista de energia renovável da Tendências Consultoria, conta que a estimativa é de que o preço do hidratado ao produtor registre uma variação de 25% até o final do ano, considerando o preço da entressafra. "No ano passado, esta variação atingiu 50%, o que mostra que a volatilidade de preço este ano tende a ser a metade de 2010", disse.


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