Para manter o crescimento equilibrado da economia o governo vai continuar a diminuir os estímulos ao consumo e reduzir gastos correntes de ministérios, disse hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante conferência no Rio sobre investimentos em infraestrutura no Brasil.
"Nós já eliminamos os descontos do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] em praticamente todos os setores. As taxas de juros já subiram e estamos estudando a possibilidade de diminuir, de reduzir, o consumo do governo, se for comprovado que o crescimento é mais forte do que aquilo que desejamos, acima de 6%", afirmou.
Mantega disse que todos os ministérios devem ter seus gastos correntes cortados, mas que os investimentos na Área Social e no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vão continuar, para não criar gargalos, provocar falta de energia ou de transporte. "Os demais programas de custeio poderão ser postergados ou diminuídos no momento".
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Segundo o ministro, a demanda nacional hoje está crescendo cerca de 8,5% em relação ao ano anterior e o governo não quer diminuir a demanda do setor privado. "Nós aumentamos a demanda do setor público para sair rapidamente da crise e estimular a economia. Agora é o momento de retirar os estímulos e a gente regula através da diminuição de gastos de custeio".