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'PAC de compras'

Governo vai gastar R$ 8,4 bilhões para estimular economia

Agência Estado
27 jun 2012 às 17:02

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, detalhou nessa quarta-feira o 'PAC de compras do governo'. No total, serão investidos R$ 8,534 bilhões na compra de ambulâncias, furgões odontomóveis, vagões de trens urbanos, motocicletas, perfuratrizes para perfuração de poços, entre outros.

Desse total, parte já estava prevista no Orçamento de 2012 e R$ 6,611 bilhões são compras adicionais liberados por meio de uma Medida Provisória. Essas aquisições, de acordo com ele, serão concentradas no segundo semestre do ano. "Com isso, o PAC total de 2012 subirá de R$ 42,6 bilhões para R$ 51 bilhões. É o maior PAC que já fizemos e vamos procurar implementá-lo integralmente", disse o ministro.

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O evento, chamado pelo governo de 'PAC Equipamentos - Programa de Compras Governamentais', foi realizado no Palácio do Planalto. Para o anúncio, foi montado um cenário, onde foram estacionados vários ônibus escolares que serão entregues às prefeituras. No salão onde aconteceu o evento, foram colocadas carteiras escolares, em um formato similar a uma sala de aula. Estavam presentes vários prefeitos e empresários.

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Compras

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Entre as aquisições previstas estão 50 perfuratrizes para perfuração de poços em regiões afetadas pela seca, no valor de R$ 13,5 milhões. Para a Saúde, serão compradas 2.125 ambulâncias por preço estimado de R$ 326 milhões, e 1.000 furgões odontomóveis, por R$ 154 milhões. O programa também irá adquirir 160 vagões de trens urbanos, por R$ 721 milhões.


Já as polícias Federal e Rodoviária Federal poderão comprar 500 motocicletas por R$ 22 milhões. Para o setor de Defesa, estão previstos 40 Blindados Guaranis por R$ 342 milhões e 30 veículos lançadores de mísseis por R$ 246 milhões. Segundo Mantega, os equipamentos militares correspondem a 100% da produção do setor.

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Para as escolas, serão adquiridos 8.570 ônibus por R$ 1,714 bilhão, equivalentes a 36% da capacidade produtiva do setor no País. Além disso, R$ 456 milhões serão destinados à compra de 3 milhões de peças de mobiliário escolar.


Incentivos

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Ao anunciar o programa, Mantega, afirmou que as novas medidas fazem parte da estratégia do governo para estimular a economia, ampliar os investimentos e a demanda. Segundo ele, o objetivo também é aumentar a confiança na economia brasileira em um momento em que a confiança no mundo está bastante deprimida.


"A crise europeia continua piorando conforme todos têm observado. A crise deprime o crescimento da economia mundial, que estava em torno de 6% e agora será de cerca de 3% em 2012, portanto uma grande desaceleração", disse Mantega.

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O ministro ressaltou ainda que o PAC Empreendimentos também fortalecerá parcerias com Estados e municípios. "Estas são medidas que vêm fortalecer a economia brasileira e nos ajudam a superar dificuldades criadas pela economia internacional. Neste momento, a economia brasileira já está crescendo de forma gradual", comentou.


Financiamento, Selic e dólar

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O ministro da Fazenda salientou que a redução das taxas obtidas nos financiamentos, a queda da Selic e a desvalorização do real têm resultado importante sobre a economia. "Os custos em dólar estão caindo e a produção brasileira se torna mais barata e competitiva. Isso já está afetando as contas externas brasileiras e os produtos nacionais passam a custar menos no exterior", avaliou.


Para Mantega, a indústria, que tinha mais dificuldade para exportar, já poderá começar a se beneficiar do novo cenário. "Tanto a queda dos juros quanto a do câmbio vão continuar e isso vai provocar uma mudança importante na estrutura brasileira. Este é um processo que ainda não terminou, está apenas iniciando."

Outro dado apontado por Mantega é a queda da taxa de desemprego. "Estamos com o menor nível desde que a série histórica começou. Isso significa que a população tem cada vez mais empregos. A crise é conhecida pela população só pelos jornais. Na prática, não está se defrontando com essa crise, pois há emprego para toda a população", argumentou. O mercado de trabalho ainda vigoroso permite, na opinião do ministro, que a massa salarial continue crescendo.


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