A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, negou-se a revelar a taxa exata de defasagem de preços dos combustíveis da Petrobras com o mercado internacional, justificando que o porcentual depende de uma série de variáveis e contas complexas que prefere não detalhar.
Graça disse que recebe a atualização do número em reuniões todas as segundas-feiras e apresenta o dado ao Conselho de Administração mensalmente. A defasagem gera fortes perdas para a companhia. "É natural e dever da companhia mostrar a consequência negativa desta diferença", disse a executiva em entrevista à imprensa nesta terça-feira.
Ela também aproveitou para descartar que exista um "represamento" dos pagamentos de obrigações com fornecedores, dizendo que a Petrobras tem caixa para honrar todos os seus compromissos. "Não tem represamento algum", declarou. "Existe uma série de pleitos, que não significam compromisso de pagamento."
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Há casos de falência no mercado por um maior rigor da Petrobras no pagamento de aditivos a contratos, ou seja, custos que não estavam previstos em contrato. Graça reafirmou que, o que está no papel, está sendo pago.
Refinarias
As refinarias Premium I e II, planejadas para Maranhão e Ceará, ainda estão em avaliação e podem ser confirmadas para 2014. O plano de negócios da empresa não garante a execução, mas Graça disse que as negociações estão avançando e que há possibilidade de as obras serem feitas com empresas parceiras. "É bem provável que as refinarias tenham sócios."