A Região Metropolitana de Curitiba manteve o menor desemprego entre seis regiões metropolitanas pesquisadas no Brasil em 2012, mas apresentou pequeno crescimento em comparação com 2011. De acordo com dados do Instituto Paranaense de Geografia e Estatísticas (IBGE) e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a desocupação ficou em 3,8% no ano passado contra 3,7% em 2011.
O índice fica abaixo do registrado em Porto Alegre (4%), Belo Horizonte (4,4%), Rio de Janeiro (5%), São Paulo (6%), Recife (6%) e Salvador (7,2%). A média nacional foi de 5,5%. Em números absolutos, de acordo com o Ipardes, no final do ano de 2012, 53 mil pessoas compunham o grupo de pessoas da População Economicamente Ativa (PEA) da Grande Curitiba que estava sem emprego – contra 50 mil de 2011.
Segundo o diretor do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Daniel Nojima, o aumento de 0,1% não pode ser encarado como ruim, pois, ao mesmo tempo em que subiu a desocupação também aumentou o número de pessoas no mercado de trabalho. "A PEA em 2012 teve acréscimo de 60 mil pessoas", explica Nojima.
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As áreas que mais puxaram o emprego em 2012 foram o comércio – com mais 18 mil vagas no ano em relação a 2011 – a construção civil – que teve acréscimo de cinco mil postos de trabalho no ano passado – e a indústria – que contabilizou aumento de quatro mil empregados.
Menor procura - em contrapartida, o diretor explica que menos pessoas passaram a procurar trabalho, o que não quer dizer, contudo, que elas tenham dificuldade para encontrar emprego. Isso, segundo ele, aconteceu mais no final do ano, a partir de outubro e as pessoas teriam deixado para procurar emprego em 2013. "As pessoas estão com preocupação menor em procurar emprego e estão escolhendo mais onde trabalhar".
Em uma análise fora das estatísticas, segundo Nojima, é perceptível a dificuldade do setor varejista de encontrar profissionais disponíveis no mercado de trabalho para ocupar as vagas. "Os supermercados, por exemplo, tem falta de gente para trabalhar. Mas isso acontece tanto para profissionais com baixa e com alta qualificação e por escolha das pessoas, não por falta de vagas", acrescenta.
Perspectiva – para 2013, o diretor diz que é difícil fazer uma projeção, já que, mesmo com o desempenho pífio do PIB do Brasil, o desemprego permanece em queda. "Nossa perspectiva é que a taxa se mantenha baixa, com variação que pode ou não acontecer no segundo semestre de 2013".