O último levantamento feito pelo Sindicato dos Bancários de Londrina e região apontou que cerca de 50 agências bancárias de Londrina estão com as atividades suspensas neste segundo dia de greve nacional da categoria. Segundo o presidente do Sindicato Wanderley Antonio Crivellari, a adesão maior nesta sexta-feira (25) ocorreu na Avenida Higienópolis. "Todos as maiores agências da cidade estão fechadas no dia de hoje", relatou.
O sindicato estima que a adesão dos bancários em Londrina e Região Metropolitana chegou a 55% dos funcionários. "Hoje, de 2.130 bancários, mais ou menos 1,3 mil funcionários aderiram ao movimento", contabiliza Crivellari.
No final do primeiro dia, 43 agências fecharam em Londrina, principalmente no centro da cidade. Em Cambé e Ibiporã, as agências da Caixa Econômica Federal estão fechadas e em Rolândia, todas as agências aderiram ao movimento e amanheceram fechadas.
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De acordo com Crivellari, o autoatendimento nos caixas eletrônicos continua funcionando normalmente em todas as cidades da região de Londrina.
Os bancários estão em negociação salarial e após cinco rodadas não chegaram a nenhum acordo. Os bancários reivindicam aumento salarial de 10%, participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais R$ 3.850, proteção ao emprego e melhores condições de trabalho.
A última proposta apresentada pelos banqueiros (rejeitada pela categoria) prevê reajuste de 4,5%, PLR de 1,5 salário reajustado, limitado a R$ 10 mil e a 4% do lucro líquido de 2009.
Curitiba: 138 agências
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região estima que 138 agências e dez sedes administrativas estejam fechadas hoje (25), em adesão à greve por tempo indeterminado iniciada ontem.
Em Curitiba e na região metropolitana, 10,2 mil trabalhadores paralisaram as atividades. Até o final da tarde de ontem (24), 144 estavam fechadas, mas, de acordo com o sindicato, os bancários do Bradesco que trabalham na capital e região tiveram que reabrir as agências, por causa de uma decisão judicial. Se descumprir a determinação, o sindicato receberá multa diária de R$ 90 mil por unidade que permanecer fechada.
O sindicato informou que vai recorrer da decisão. A expectativa da categoria é de que no decorrer do dia a greve se estenda a agências de mais bairros. Até agora o movimento tem se concentrado na área central da cidade e em alguns bairros como Portão, Centro Cívico e Juvevê.
Segundo o sindicato, a mobilização é grande também no interior do estado. Os municípios com maior adesão à greve são Londrina (50 agências), Umuarama (37 agências) e Apucarana (20 agências).
De acordo com a Federação dos Bancários da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná, 129 agências nas bases sindicais do interior filiadas à CUT também estão com as atividades paralisadas.
A greve dos bancários de Curitiba e região faz parte do movimento nacional da categoria. De acordo com o sindicato, em negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desde o dia 10 de agosto – quando um documento com as reivindicações da categoria foi entregue oficialmente – os trabalhadores não aceitaram a proposta dos patrões.
Segundo o sindicato, houve quatro negociações até a Fenaban propor reajuste de 4,5%, que, de acordo com a categoria, não representa ganho real, além de participação nos lucros e resultados (PLR) inferior ao valor pago em 2008.
Os bancários vão avaliar a paralisação em Curitiba em assembleia marcada para hoje, às 17h, no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários, no Bairro Rebouças.
(As informações sobre o movimento em Curitiba são da Agência Brasil)