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Financiamentos

Greve da Caixa adia o sonho da casa própria

Andréa Bertoldi - Folha de Londrina
24 out 2009 às 17:46
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A greve dos bancários da Caixa Econômica Federal afetou diretamente os financiamentos imobiliários. Quem já tinha dado entrada no processo deve ter a assinatura do contrato marcada só para daqui dois meses. Mas, existe a possibilidade de o negócio se concretizar apenas em 2010 caso haja algum problema com a documentação do vendedor ou do comprador do imóvel. Ainda existe o agravante da redução dos funcionários promovida pela festas de fim de ano e período de férias. Para quem ainda não procurou o banco, a previsão é que o contrato seja assinado só no próximo ano. Uma estimativa realizada pelo Sindicato da Habitação do Paraná (Secovi-PR) junto às imobiliárias das principais cidades do Estado aponta que hoje há mais de mil processos de financiamento parados no Paraná aguardando a aprovação da Caixa.

No entanto, esse número de contratos parados pode ser maior ainda. Neste ano, o banco já realizou 55.146 financiamentos - uma média de 5 mil por mês. Isso indica que o número de clientes prejudicados pela greve seria superior a mil. O banco informou que não tem um balanço do número de processos nem uma previsão do tempo para resolver a situação. Neste ano, foram utilizados R$ 2,219 bilhões para financiamentos no Paraná e a previsão é chegar a mais de R$ 2,5 bilhões, maior desempenho desde 1995.

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Hoje cerca de dois terços dos processos estão com os prazos comprometidos, isso porque a Caixa ainda é o maior agente financiador e responde por todo este volume de clientes. ''A greve comprometeu o último trimestre do mercado imobiliário'', disse o presidente do Secovi-PR, Luiz Carlos Borges da Silva. Ele afirmou que a paralisação trouxe prejuízos grandes tanto para quem quer comprar como para quem está vendendo um imóvel.

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Silva destacou que, geralmente, o vendedor do imóvel demora cerca de 70 dias para que o dinheiro do financiamento seja liberado pela Caixa. Com a greve, esse prazo vai passar para cem dias. Ele explicou que se o vendedor do imóvel contava com este valor para comprar outro imóvel pode correr o risco de pagar multa contratual ou até perder o sinal do negócio.

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Segundo ele, as vendas das imobiliárias tiveram uma queda muito grande que só será dimensionada a partir do dia 20 de novembro, quando o Secovi fecha o balanço do mês.


''A greve é legítima, mas os funcionários deveriam evitar os excessos para não prejudicar a população'', afirmou. Silva lembrou ainda que muitos proprietários de imóveis também deixaram de receber aluguéis porque os boletos eram da Caixa.

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Nas 60 unidades da Imobiliária Apolar de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral há 220 processos de financiamento parados para serem assinados. ''Essa paralisação gerou um transtorno grande'', disse o superitendente da Apolar, Jean Michel Galiano.


O professor de Educação Física Rafael Correa Monteiro Nunes mora em um apartamento alugado no centro de Curitiba e resolveu comprar o imóvel. Ele deu entrada no processo na Caixa antes da greve e também passou um valor de sinal do negócio para o proprietário. ''Agora está tudo parado'', disse. O imóvel custa R$ 100 mil e ele pretende financiar boa parte do montante.


Atendimento

Desde o retorno ao trabalho, na última quinta-feira, a Caixa está abrindo as agências uma hora mais cedo, às 9 horas. Essa medida vai continuar em vigor até que o movimento volte ao normal. A previsão é que haja um fluxo grande de pessoas na primeira semana do próximo mês, quando são pagos os salários e aposentadorias.


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