O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse nesta terça-feira (18) que a greve dos aeroportuários de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília, prevista para começar à meia-noite de amanhã (19) "não se justifica". Segundo ele, o processo de privatização dos aeroportos está sendo discutido de forma ampla com os representantes dos funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
"É uma questão sensível, mas acreditamos na responsabilidade dos funcionários. Temos participado de reuniões desde o início, formando mesas de diálogo com eles, e mostrado que ninguém será prejudicado. Por isso, na avaliação do governo, e tendo por base a transparência e a mesa [de diálogo] criada, não se justifica uma greve", disse o ministro. Ele participou, hoje, em Brasília, da gravação do programa 3 a 1, da TV Brasil, que vai ao ar amanhã, às 22h.
Bittencourt garantiu que os funcionários "não terão nenhum prejuízo" com a privatização e lembrou que os trabalhadores poderão optar entre ir para a companhia de gestão dos aeroportos que será criada ou permanecer na Infraero. No caso de Brasília, onde há um grande número de funcionários, a Infraero, "a exemplo do que é feito em qualquer empresa privada", dividirá seus funcionários da forma que considerar mais apropriada. "As regras têm sido discutidas com o sindicato", assegurou o ministro.
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Para garantir a capacidade de operação dos três terminais durante a paralisação dos aeroportuários, a Infraero informou que vai fazer o remanejamento de funcionários.
Os aeroportuários de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília decidiram entrar em greve de 48 horas como forma de protesto contra a privatização dos terminais. O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários Marcelo Tavares disse que a greve trará transtornos aos passageiros, pois o sindicato espera a adesão de 90% dos trabalhadores dos três aeroportos.