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Expansão

Honda abre nova fábrica de motos no Brasil

Agência Estado
14 out 2010 às 10:57

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- Divulgação
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Líder de vendas num mercado que abriga mais de 25 marcas, entre fabricantes e importadores, a Moto Honda da Amazônia inaugura hoje nova fábrica ao lado da atual, na Zona Franca de Manaus (AM). A capacidade extra, de 500 mil motocicletas por ano, é mais do que todas as outras empresas produzem juntas. Com o projeto, que consumiu R$ 90 milhões, a montadora ampliará sua capacidade total para 2 milhões de unidades anuais.

De cada 100 motos vendidas atualmente no País, 77 são da Honda. O domínio já foi maior na época em que a principal concorrente era a também japonesa Yamaha, mas a chegada de novas marcas nos anos recentes levou a uma redivisão do bolo. Só de origem chinesa, cerca de dez fabricantes inauguraram linhas de montagem no País a partir de 2003.

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Em 2008, a participação da Honda nas vendas totais chegou a cair para 70%. Para evitar perda ainda maior, a empresa, vista como uma das mais lucrativas no ramo automotivo, teve de reduzir seus ganhos. "Nosso lucro caiu consideravelmente no ano passado", informa o diretor vice-presidente, Issao Mizoguchi, que não revela números.

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A estratégia da marca para garantir bom espaço no quarto maior mercado mundial de motos foi segurar os preços, mesmo com produtos renovados e introdução de tecnologias como injeção eletrônica, catalisadores e motor flex, equipamentos que ainda não estão presentes nos veículos de muitos dos concorrentes. Em 2009, segundo Mizoguchi, a Honda renovou toda sua linha e lançou 13 produtos.

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A nova fábrica é independente da atual, que deve fabricar este ano 1,43 milhão de motocicletas, volume que vai a 1,54 milhão de unidades em 2011, de acordo com projeções de Mizoguchi.


Para se ter uma ideia da magnitude da companhia, a produção total de motos no mercado brasileiro deve chegar a 1,84 milhão de unidades este ano, segundo projeções da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo). A maior parte ficará no mercado interno, pois as exportações são pouco representativas.

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Com 760 funcionários, a minifábrica abriga todo o processo produtivo, como produção de assentos e montagem de motores. É dedicada aos modelos populares Pop 100 (R$ 3,9 mil), Biz 125 (R$ 5,2 mil) e Lead 100 (R$ 6 mil), segmento que domina as vendas da marca.


"Além de ampliar a produção, a nova linha nos dará flexibilidade", diz o executivo. Mizoguchi afirma que o mercado brasileiro é volátil e as preferências costumam ter alta oscilação. "Teremos possibilidade de alternância de linha para atender rapidamente o que o mercado quer." Hoje, por exemplo, os estoques do modelo Pop 100 estão baixos nas concessionárias. A redução de horas extras também é uma das vantagens citadas pelo executivo. A unidade atual e a nova vão operar em dois turnos.

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Mercado


Puxadas pela facilidade no financiamento, necessidade de locomoção mais ágil e uso profissional, as vendas de motocicletas no Brasil crescem a um ritmo frenético, com pequenas oscilações. O mercado passou de 878 mil unidades em 2004 para 1,9 milhão em 2008. No ano passado, com a crise financeira, caiu para 1,6 milhão de unidades, mas este ano "vai recuperar os patamares de 2008", prevê o vice-presidente da Honda.

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Até setembro, foram vendidas em todo o País 1,298 milhão de motos, 9,5% a mais do que em igual período do ano passado, de acordo com dados de emplacamentos do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).


Segundo a Abraciclo, o Brasil é o quarto maior produtor mundial de motocicletas, embora distante dos concorrentes. Está atrás da China (27,5 milhões de unidades), Índia (8,4 milhões) e Indonésia (6,2 milhões).


A projeção de novo ciclo de crescimento de vendas no País, com negócios ultrapassando a casa dos 2 milhões de unidades no próximo ano, movimenta também o setor de autopeças.

A Johnson Controls, maior fabricante brasileira de baterias automotivas, está investindo US$ 51 milhões na sua fábrica de Sorocaba (SP) para atingir, em três anos, capacidade produtiva de 1,5 milhão de baterias para motocicletas ao ano. A empresa atende montadoras e o mercado de reposição.


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