O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) deve inaugurar no início da semana que vem um laboratório destinado exclusivamente a pesquisas com microalgas para transformação de biocombustíveis. O projeto é uma parceria entre IAPAR e Copel.
A contratação dos pesquisadores e as obras do laboratório começaram em maio deste ano. De acordo com o coordenador de energias renováveis da Copel, Túlio Pereira, esses seres microscópicos têm alto teor de lipídeo (óleo), e é esse óleo que pode ser usado como matéria-prima para o biodiesel.
As microalgas tem a seu favor a rapidez na multiplicação e a alta capacidade de fotossíntese. A produtividade desse animal pode chegar a 70 toneladas de biomassa – da qual se extrai o biocombustível – por hectare em um ano. De acordo com o coordenador de energias renováveis da Copel, essa média é bem maior que a produção da soja, que é em média três toneladas anuais de biomassa.
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Para se ter uma idéia da capacidade de produção das microalgas, estudos do departamento de energias renováveis do governo americano indicam que para suprir a necessidade de biodiesel do país, seria necessário que se plantasse soja em quase toda a área dos estados unidos. Já na produção de bicombustíveis a partir de algas, bastaria o total do território do Arizona de cultivo da espécie para garantir biocombustível a todos os americanos. As pesquisas no Paraná estão na fase de seleção das espécies que serão usadas no projeto (com AEN).