A produção industrial brasileira voltou a crescer, fechando março com alta de 1,4% frente a fevereiro, quando havia registrado retração de 2,7% sobre dezembro de 2015, na série com ajuste sazonal (descontadas as influências entre os períodos, como número de dias e peculiaridades do mês).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e indicam que, na série sem ajuste sazonal, quando o confronto se dá com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou queda acumulada em março deste ano de 11,4%. Neste caso, foi a vigésima quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a observada em fevereiro (-9,8%).
Com o resultado de março, a produção industrial fechou os primeiros três meses de 2016 com queda acumulada de 11,7%. Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, recuoucaiu 9,7% em março, a retração mais intensa desde a queda de 10,3% de outubro de 2009, mantendo uma trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).
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Expansões
O crescimento de 1,4% no parque fabril do país, entre fevereiro e março, reflete expansões em 12 dos 24 ramos pesquisados e em todas as quatro grandes categorias econômicas. Entre os ramos analisados, a principal influência positiva ficou com produtos alimentícios (avanço de 4,6%, eliminando o recuo de 2,1% acumulado entre janeiro e fevereiro de 2016).
Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (8,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,3%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,6%) e de produtos de madeira (4,2%).
Entre os onze ramos que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com queda de 6,5%, interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas.
Outros impactos negativos importantes foram observados nos setores de celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), de indústrias extrativas (-0,9%), de metalurgia (-2,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-2,9%) e de móveis (-4,6%).
Já entre as quatro grandes categorias econômicas, ainda na comparação com fevereiro, o item bens de capital acusou crescimento mais acentuado ao avançar 2,2%, cravando a terceira taxa positiva consecutiva, período em que acumulou expansão de 3,1%. Com intensidade menor, também ampliaram a produção de fevereiro para março os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (0,9%), de bens de consumo duráveis (0,3%) e de bens intermediários (0,1%), todos, no entanto, com intensidade menor do que a média nacional de 1,4%.