A construtora Iguaçu do Brasil é alvo de 60 ações de ex-funcionários que tiveram contratos rescindidos em abril e estão sem receber salários atrasados, fundo de garantia, férias e horas-extras. A construtora foi alvo de investigação do Gaeco na operação "Casa de Papel", que apurou fraudes na venda irregular de imóveis e teve os bens bloqueados pela Justiça.
De acordo com o advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Londrina e Região (Sintracom), Jorge Custódio, algumas audiências foram marcadas, mas não houve proposta concreta da construtora. Na última semana o advogado da Iguaçu do Brasil chegou a pedir o adiamento de uma audiência alegando haver uma "ampla possibilidade de conciliação" em breve.
Em nota emitida nesta segunda-feira (19), a Iguaçu do Brasil afirma estar impedida judicialmente de realizar qualquer composição extrajudicial.
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"A Construtora Iguaçu do Brasil vem a público esclarecer a todos os clientes, funcionários, e fornecedores, que sempre cumpriu com seus compromissos, e que pretende continuar honrando-os. No entanto, tendo em vistas os acontecimentos dos últimos meses, todos os atos da Construtora, obrigatoriamente, deverão passar pelo crivo do Poder Judiciário, diante disso, a empresa informa que está impedida de realizar qualquer composição extrajudicial", diz um trecho da nota.
Segundo o advogado do Sintracom, a Justiça analisa um pedido de medida cautelar solicitando uma reserva de crédito dos bens da construtora no valor de R$ 500 mil para o pagamento dos ex-funcionários.