O diretor de Abastecimento e Refino da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, disse nesta sexta-feira, 5, que a companhia importou em torno de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) de gasolina nos meses de janeiro e fevereiro de 2010, por conta do aumento do consumo do combustível no país após a redução da mistura de etanol de 25% para 20%.
Além disso, afirmou, por conta da alta do preço do etanol nas bombas, houve também crescimento na demanda por gasolina nos postos, o que elevou o consumo diário de 300 mil para 400 mil barris por dia. Segundo Costa, o volume importado equivale hoje ao consumo de três dias.
O diretor estima que este volume de importações deve diminuir em março com a entrada da safra de etanol, que pode "aliviar" a pressão no consumo e fazer com que os motoristas migrem de volta para o derivado de cana-de-açúcar em seus veículos flex. "Quanto à mistura, somente em maio o governo federal deve autorizar a retomada dos 25%", lembrou.
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Costa destacou que a estatal havia suspendido a exportação de gasolina em outubro do ano passado, quando estava vendendo para o exterior em média 40 mil barris por dia. Nos dois meses seguintes, segundo ele, foram exportados apenas residuais de contratos que precisavam ser cumpridos. A importação teve início em 2010. "A importação tem que ser avaliada no dia-a-dia. Por vezes acaba sendo melhor importar por conta do preço", disse.
Ele descartou, no entanto, que a estatal esteja praticando no mercado doméstico preços mais altos do que na média internacional. "Nosso preço na porta da refinaria é de R$ 1,10 por litro de gasolina e este preço é bem menor do que em muitos países", disse.