Percentual de devoluções por insuficiência de fundos no Brasil foi de 2,38%. Amapá registrou o maior percentual de devoluções no acumulado dos quatro meses de 2016: 18,47% do total de emissões. Já São Paulo, registrou o menor índice do país no primeiro quadrimestre do ano, com 1,83% de cheques devolvidos
No Brasil, o percentual de devoluções de cheques por insuficiência de fundos foi de 2,38% em abril deste ano, revela o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. Trata-se do maior patamar registrado desde 1991 para o mês de abril, quando a Serasa passou a fazer o estudo. Foram 1.120.883 devolvidos e 47.044.915 cheques compensados.
No mês anterior, março, registrou-se 2,66% de devoluções, com 1.354.017 cheques que voltaram e 50.932.422 compensados. Um ano antes, em abril de 2015, o percentual de devoluções havia sido de 2,26%, com 1.266.532 cheques devolvidos e 56.145.644 compensados.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Segundo os economistas da Serasa Experian, o agravamento da situação de desemprego no país, atingindo quase 11% primeiro trimestre deste ano, aliado com um quadro inflacionário que provoca perda de renda real, estão impulsionando os níveis de inadimplência no Brasil a atingirem patamares recordes. Assim, a inadimplência com cheques em abril deste ano é apenas mais um exemplo desta situação conjuntural.
Regiões
Na avaliação do primeiro quadrimestre de 2016 entre as regiões do país, a liderança de devoluções foi do Norte, com 4,67% de cheques devolvidos no período. O Sudeste foi a região que apresentou o menor percentual de devoluções entre janeiro e abril de 2016: 2,00%.
Já entre os estados, o Amapá liderou o ranking de cheques sem fundos nos primeiros quatro meses do ano, com 18,47% de devoluções. Na outra ponta, São Paulo foi o estado com o menor percentual de cheques devolvidos (1,83%).
No Sul, a devolução de cheques em abril/16 foi de 2,05% do total de cheques compensados, menor que a devolução de 2,32% registrada em março/16. Em abril/15, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos na Região Sul havia sido de 2,01% do total de cheques compensados.
No Paraná, a devolução de cheques em abril/16 foi de 2,01% do total de cheques compensados, menor que a devolução de 2,28% registrada em março/16. Em abril/15, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos no Paraná havia sido de 1,97% do total de cheques compensados.
Na Região Norte, a devolução de cheques em abril/16 foi de 4,67% do total de cheques compensados, menor que a devolução registrada no mês anterior, março/16, quando o percentual foi de 5,00%, e também maior que os 4,25% registrado em abril/15.
No Nordeste, a devolução de cheques em abril/16 foi de 4,75% do total de cheques compensados, menor que a devolução de 5,05% registrada em março/16. Em abril/15, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos na Região Nordeste havia sido de 4,47% do total de cheques compensados.
Na Região Sudeste, a devolução de cheques em abril/16 foi de 1,97% do total de cheques compensados, menor que a devolução de 2,19% registrada em março/16. Em abril/15, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos na Região Sudeste havia sido de 1,81% do total de cheques compensados.
Na Região Centro-Oeste, a devolução de cheques em abril/16 foi de 3,06% do total de cheques compensados, menor que a devolução de 3,50% registrada em março/16. Em abril/15, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos na Região Centro-Oeste havia sido de 2,98% do total de cheques compensados.
O Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos consiste no levantamento mensal sobre a quantidade de cheques devolvidos por insuficiência de fundos em relação ao total de cheques compensados. Para efeito do cômputo do indicador, somente é considerada a segunda devolução por insuficiência de fundos.