O número de empresas brasileiras que não honraram suas dívidas subiu 0,4% no mês de outubro em relação a setembro, segundo dados divulgados hoje (29) pela empresa de consultoria Serasa Experian. No comparativo com o mesmo mês de 2010, a inadimplência nos negócios aumentou 28%. No acumulado do ano, considerando os meses de janeiro a outubro, a alta chega a 17,2% ante o mesmo período do ano anterior.
Entre os itens considerados no indicador, a maior alta foi encontrada nas dívidas com bancos, que subiram 3,2% de um mês para o outro. Os protestos tiveram uma elevação de 1%. Os cheques devolvidos apresentaram ligeira alta de 0,1%. O único grupo em que houve queda na inadimplência foram os débitos não bancários (como com lojas em geral e prestadoras de serviços), que apresentaram uma redução de 1,5%.
O valor médio das dívidas subiu em todos as categorias, sendo a maior alta encontrada nas dívidas com bancos. De janeiro a outubro, elas tiveram um valor médio de R$ 5.183,11, uma elevação de 9,9% ante o do mesmo período de 2010. Em seguida, aparecem os títulos protestados, que registraram um valor médio de R$ 1.771,19, com crescimento de 7,3%, em dez meses. Os cheques sem fundos tiveram média de R$ 2.083,27, com alta de 1,6%. Já as dívidas não bancárias somaram em média de R$ 741,78, o que representa uma elevação de 1,2% ante o valor registrado no ano anterior.
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Segundo os economistas da Serasa, as empresas encontram um crédito caro neste período de produção e expansão dos estoques para o Natal. Para eles, como o recente ciclo de redução dos juros ainda não promove impacto significativo no valor do crédito e, sobretudo para pessoa jurídica, repor e carregar estoques ainda é muito caro. Além disso, a inflação tem impacto nos custos dos negócios.