Após seis meses consecutivos de alta, a inadimplência no País caiu 3% em setembro em relação a agosto, informou a Serasa Experian. Na comparação com setembro do ano passado, porém, a incapacidade de o consumidor honrar dívidas desacelerou, mas ainda assim registrou alta de 23,3%. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a elevação é de 23,4% ante o mesmo período de 2010.
Na avaliação da Serasa Experian, contribuíram para a queda em setembro a antecipação do 13º salário aos aposentados, a redução da taxa básica de juros (Selic) e a menor quantidade de dias úteis em relação a agosto, além de facilidades oferecidas pelos credores ao consumidor para renegociar dívidas.
O Indicador de Inadimplência do Consumidor mostra que a queda foi generalizada. Dívidas com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços recuaram 3,3% em setembro ante agosto. Já os números de cheques sem fundo e os títulos protestados apresentaram queda mais expressiva, de 10,3% e 13,9%, respectivamente, enquanto as dívidas com bancos diminuíram 0,9%.
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O valor médio das dívidas não bancárias - que representam 40,3% da composição do indicador - recuou 14,8% de janeiro a setembro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, de R$ 384,29 para R$ 327,59. Por outro lado, o valor médio das dívidas não honradas com bancos - equivalente a 47,8% do indicador - apresentou elevação de 0,6% (para R$ 1.323,54), enquanto o valor médio dos títulos protestados teve alta de 14,9% (para R$ 1.358,22) e dos cheques sem fundo registrou aumento de 7,9% (para R$ 1.342,78).