A inadimplência do consumidor deve inverter a queda no segundo semestre. O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência, divulgado nesta quinta-feira, 11, ampliou-se 0,6% em dezembro, a quarta subida mensal seguida, alcançando o valor de 99,6. Esta sequência de ascensão do indicador, há pouco tempo formada, indica que a tendência de declínio na inadimplência das pessoas físicas deverá continuar por mais alguns meses, mas, na metade do semestre, começará a reverter-se.
De acordo com os especialistas da Serasa Experian, empresa de serviços de informações para apoio na tomada de decisões empresariais, o rápido aumento do endividamento das famílias, notado no segundo semestre de 2009, por causa do desgaste do poder aquisitivo - levando-se em conta a elevação da inflação neste começo de ano -, o esgotamento dos efeitos da recuperação cíclica do nível de emprego sobre a inadimplência do consumidor e a alta do custo dos financiamentos em diversas modalidades de crédito para as pessoas físicas estão entre os fatores que deverão colaborar para a interrupção da atual linha de queda da inadimplência.
Porém, o fato de o indicador, apesar das recentes altas, achar-se ainda abaixo do patamar 100, mostra que a inadimplência ainda deverá continuar em normalidade, não significando maior embaraço à ampliação do crédito às famílias em 2010, afirmam os técnicos da Serasa Experian.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Já a falta de cumprimento das empresas seguirá em recuo, conforme o Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência das Empresas. O índice caiu 3,9% em dezembro, atingindo o patamar de 106,3, registrando a sétima queda mensal consecutiva. Este resultado revela que a inadimplência das empresas prosseguirá em queda ao longo de todo o primeiro semestre de 2010, porém, ainda se situando em nível superior à tendência de longo prazo.