O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) teve alta de 0,57% no mês de junho. O resultado divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ficou 0,21 ponto percentual acima da variação registrada em maio (0,36%). O IGP-10 mede a evolução de preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual.
De acordo com os dados da FGV, dois dos três índices que compõem o IGP-10 aceleraram. O Índice de Preços por Atacado (IPA), que pesa 60% na composição do IGP-10, teve variação de 0,77% em junho contra 0,36% registrados em maio. Também houve aumento no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), responsável por 10% do IGP-10, que passou de 0,49% em maio para 1,75% em junho.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-10, registrou deflação de 0,39%. A redução foi de 0,69 ponto percentual em relação ao mês passado quando a taxa ficou em 0,30%. As maiores contribuições para este decréscimo vieram dos grupos Alimentação e Transportes, por causa da redução dos preços das hortaliças e legumes, das frutas e também do álcool combustível.
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Entre os itens que compõem a variação dos preços no atacado, a maior aceleração foi observada nas Matérias-Primas Brutas (que passaram de 0,22% em maio para 2,20% em junho). A maior influência foi dos aumentos nas matérias-primas agropecuárias, principalmente nos preços da soja em grão, das aves e da cana-de-açúcar.
Também houve alta na taxa dos Bens Intermediários (de 0,76% em maio para 1,33% em junho), com destaque para o subgrupo materiais e componentes para a construção.
A variação dos Bens Finais movimentou-se em sentido contrário, mostrando redução nos preços que fazem parte desse item. A deflação, ainda maior do que a apurada em maio, foi puxada principalmente pela desaceleração nos preços dos alimentos in natura e dos combustíveis.
Agência Brasil