O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para reajustes de contratos de aluguel, abriu o mês de dezembro em queda de 0,16%, segundo informou hoje (10) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado revela redução mais intensa do que a observada no mesmo período do mês anterior, quando a taxa havia ficado em -0,10%. O índice acumula queda de 1,63% no ano.
O movimento foi influenciado pelos preços do atacado, que ficaram em –0,35%, depois de terem registrado –0,14%. Os bens finais tiveram redução pouco menos intensa e passaram de -0,40% para –0,30 %, com a contribuição de alimentos processados (de –2,34% para –0,76%).
Os bens intermediários, que haviam registrado baixa de 0,12% um mês antes, no primeiro decêndio de dezembro tiveram queda ainda mais forte, de 0,37%, influenciada por materiais e componentes para a manufatura (de –0,02% para –0,44%).
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
As matérias-primas brutas inverteram o movimento do mês anterior, quando tiveram queda de 0,35%, e apresentaram crescimento de 0,22%. As principais influências foram cana de açúcar (de 8,92% para 0,30%), milho em grão (de 3,13% para –2,26) e suínos (de 6,51% para –1,86%).
Em sentido oposto, foram registrados acréscimos em aves (de –1,75% para 2,71%), leite in natura (de –7,73% para –5,64%) e laranja (de 3,50% para 11,97%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,13% depois de ter caído 0,06% um mês antes. Houve aumento nos índices relativos a alimentos (de –0,81% para –0,24%), puxados por frutas (de –4,58% para 1,63%), laticínios (de –2,76% para –1,61%) e bebidas não alcoólicas (de –0,88% para 0,36%); vestuário (de 0,15% para 1,16%); despesas diversas (de –0,36% para 0,11%) e habitação (de 0,12% para 0,21%).
Os índices relativos aos demais grupos tiveram redução entre os dois levantamentos. São eles: transportes (de 0,73% para 0,29%), saúde e cuidados pessoais (de 0,30% para 0,21%) e educação, leitura e recreação (de 0,23% para 0,20%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que havia registrado leve alta de 0,04% em igual período do mês anterior, subiu 0,28% neste levantamento, com a influência dos preços de materiais, equipamentos e serviços (de 0,07% para 0,16%) e pelo custo da mão de obra, que subiu 0,40%. Na leitura anterior, não havia sido observada variação nesse item.
Para calcular a primeira prévia do IGP-M de dezembro, foram coletados preços no período entre 21 e 30 de novembro.